Os desabamentos se tornaram o principal problema para o resgate dos nove mineiros presos desde quinta-feira em uma galeria de uma mina de cobre clandestina no sudeste do Peru.
"Avançamos colocando madeira para evitar novos deslizamentos", disse ontem Edward Bejarano, um dos dois engenheiros que dirigem as operações de socorro. "Tecnicamente não se pode afirmar com precisão o momento em que vão sair", acrecentou.
No entanto, Bejarano compartilhou do otimismo da ministra da Mulher, Ana Jara, que na se mostrou esperançosa de que os mineiros sairão "nas próximas horas".
César Alarcón, que codirige as operações, explicou que "embora se trabalhe com rapidez, é preciso manter a calma, não se pode falar de prazos". O especialista disse que da parte alta do morro as equipes de resgate enviam troncos de eucalipto para o buraco onde fica a entrada da mina por meio de um sistema de polias e cabos com o objetivo de fortalecer o túnel e evitar desabamentos.
Quatro dos nove mineiros já sofrem os primeiros danos em sua saúde, informou Hubert Mallma Torres, médico que conversou com eles ontem por meio de um tubo, usado também para enviar alimentos e oxigênio aos mineiros presos.
"Dos quatro, o estado mais delicado é o de Félix Cucho, que tem mais de 50 anos", relatou o especialista após ter explicado que os trabalhadores apresentam "quadros diarréicos". "Isto para nós é uma preocupação. No início acreditava-se que seriam resgatados em um ou dois dias, mas agora, se um processo infeccioso for desencadeado, as coisas podem ficar complicadas", explicou o médico.
Mallma Torres informou que, por meio do tubo, estão sendo enviados aos mineiros sais para sua hidratação.
O médico indicou que "à medida que os dias se passarem, os problemas de saúde vão aumentar.