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Desarmado e já rendido, negro é baleado por policial em Miami

Local onde Charles Kinsey foi baleado | NBC/Reprodução
Local onde Charles Kinsey foi baleado (Foto: NBC/Reprodução)

Um homem negro americano desarmado que tentava ajudar um paciente com autismo foi baleado pela polícia da Flórida enquanto estava deitado no chão com as mãos para o alto pedindo aos policiais que não disparassem.

Charles Kinsey, de 47 anos, foi ferido em uma perna no incidente registrado na segunda-feira (18) em Miami, ocorrido enquanto ajudava um homem autista que estava desorientado e que perambulava perto de um lar coletivo onde a vítima trabalha como terapeuta.

A polícia disse que estava respondendo a um chamado de emergência que advertia sobre um homem que caminhava com uma pistola e que ameaçava se suicidar.

Algumas imagens de telefones celulares mostram Kinsey no chão com os braços erguidos, perto do corpulento homem autista que estava sentado no chão brincando com um caminhão de plástico branco.

No vídeo, é possível ouvir Kinsey gritar para a polícia: “a única coisa que tem é um caminhão de brinquedo. Um caminhão de brinquedo. Sou um terapeuta comportamental em um lar coletivo”. Mesmo assim, ele foi baleado. Kinsey não ficou gravemente ferido.

Clima tenso

O incidente ilustra a tensão dos policiais americanos e da população após o tiroteio em Dallas, que deixou cinco agentes mortos, e outro incidente similar em Baton Rouge, na Louisiana, onde outros três oficiais morreram.

Kinsey disse ao canal de televisão WSVN da Flórida que quando estava no chão disse à polícia que estava desarmado.

Falei para o oficial: “senhor, por favor não atire. Por favor não atire”.

Kinsey contou o ocorrido: “foi como uma picada de mosquito e quando me atingiu eu estava dizendo ‘continuo com as mãos para o alto’, e falei ‘não, acabaram de atirar em mim!’, e perguntei ‘senhor, por que atirou?’, e suas palavras foram ‘não sei’“.

O policial que atirou está agora em licença administrativa, por pelo menos uma semana, informou o Miami Herald, acrescentando que uma investigação foi aberta pelo gabinete da procuradoria de Miami-Dade.

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