O exército israelense descobriu um túnel de 2,5 quilômetros entre a Faixa de Gaza e Israel, construído por grupos armados islamitas com o suposto objetivo de cometer um atentado, segundo um comunicado militar.
Fontes militares informaram neste domingo que o túnel foi descoberto na segunda-feira passada junto ao kibutz Ein Hashelosha, próximo da fronteira com Gaza e na altura da cidade palestina de Dir el-Balakh.
A passagem subterrânea foi construída "para atividades terroristas contra civis israelenses e militares dentro de Israel", afirmou o comunicado.
Um porta-voz do exército explicou à Agência Efe que o túnel se assemelha aos que foram usados por membros do braço armado do movimento islamita Hamas e de outros dois grupos para capturar o soldado Gilad Shalit em 2006. Shalit foi devolvido a Israel em 2011 após ser trocado por mil presos palestinos.
No caso atual, fontes militares citadas pelo jornal "Yedioth Ahronoth" disseram que o objetivo da passagem era conseguir um acesso rápido a algum dos povoados israelenses na região e cometer "um atentado de proporções estratégicas".
O túnel, que começa na aldeia de Absan A-Zariz, tem várias saídas e o exército israelense acredita que o Hamas o utilizaria no futuro em uma nova campanha de hostilidades.
"O túnel demonstra que o Hamas segue se preparando para um novo conflito com Israel e para ações terroristas no momento em que considere isso possível", declarou o ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, durante uma visita ao lugar.
A última guerra na região ocorreu em novembro do ano passado, quando a Força Aérea israelense realizou a operação Pilar Defensivo, que lançou cerca de 1.500 ataques sobre a faixa palestina, e as milícias islamitas dispararam um número similar de foguetes e morteiros contra o território de Israel.
Um túnel com explosivos, de quatro metros de profundidade, foi encontrado no ano passado pouco antes de começar a ofensiva militar israelense. Especialistas averiguam se a passagem encontrada agora também contém material explosivo.
O túnel encontrado na semana passada alcança um dos campos de cultivo no kibutz Ein Hashlosha e foi aparentemente descoberto por agricultores da fazenda coletiva, habitada por vários judeus oriundos da América Latina.
O coordenador militar para a Cisjordânia e Gaza, o general Eitan Dangot, ordenou a interrupção da entrada de materiais de construção na Faixa de Gaza após o episódio.
Israel proibiu a passagem deste tipo de material ao impor um ferrenho bloqueio contra Gaza em 2007, que foi se suavizando progressivamente desde 2010.
Desde então, só restava em vigor a restrição para a entrada de materiais de duplo uso, civil e militar, e há duas semanas o Ministério da Defesa autorizou pela primeira vez o ingresso deste tipo de produto para incentivar projetos civis.
Fontes militares citadas pelo diário "Haaretz" acreditam que o Hamas e outras milícias cavaram outras passagens subterrâneas em direção a Israel.
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