Escândalos de corrupção e ineficiências administrativas pelo partido do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, podem vir a limitar o comparecimento às urnas na Itália, que iniciou ontem processos eleitorais regionais. "Episódios recentes de corrupção e o risco de desemprego afastam os eleitores", disse Nando Pag­­no­­ncelli, de um instituto de pesquisa, sobre as eleições que se darão ao redor do país durante dois dias.

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Mais de 41 milhões podem votar para os governadores de 13 das 20 regiões italianas, para os líderes de quatro províncias e cerca de 500 prefeitos. Berlusconi negou que a Liga do Norte, partido menor da sua coalizão, cotada para ganhar terreno nesta eleição, possa representar uma ameaça. Ele, no entanto, fez um apelo para que simpatizantes comparecessem às urnas.

O premiê, de 73 anos, acrescentou no dia final da campanha, sexta-feira, que o seu governo de dois anos de vida não vai sofrer grandes mudanças seja qual for o resultado do pleito. "A verdadeira vitória seria ter a maioria dos cidadãos apoiando a nossa administração", afirmou o líder de centro-direita, cujo mandato termina em 2013. Analistas afirmam que o desemprego crescente é a principal preocupação para 79 por cento dos italianos. Eles calculam que o governo manterá o controle das regiões de Lombardia e Veneto e ganhará Calabria e talvez Campania, no sul. A centro-esquerda, oposição, deve ficar com pelo menos cinco regiões.

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