De um grupo de cerca de 40 pessoas que ficou soterrado em uma mina na República Centro-Africana (RCA) após um deslizamento de terra ocorrido no domingo (23), 37 foram resgatadas sem vida, enquanto o restante permanece desaparecido.
O acidente aconteceu na jazida de Ndassima, a 400 quilômetros da capital Bangui. O presidente da RCA, Michel Djotodi, decretou hoje três dias de luto.
O deslizamento foi causado pela intensa chuva registrada nos últimos dias na região.
A indústria mineradora da RCA, uma dos principais fontes de receita do país, sofreu um duro golpe em 23 de maio, quando seus diamantes foram suspensos até novo aviso do Sistema de Certidão do Processo de Kimberley (KPCS), que controla a origem das pedras preciosas.
O KPCS tem o objetivo de impedir que este comércio financie conflitos armados. O organismo considera que a RCA não controla a exploração e a venda dos diamantes no país.
Em resposta, Djotodia anunciou no início de junho sete medidas, entre elas uma moratória sobre o comércio de diamantes, para possibilitar uma reintegração ao KPCS.
"Já não se falará de diamantes de guerra na República Centro-Africana. Meu governo e eu estamos plenamente mobilizados", declarou o presidente.