Los Angeles (AE/AP) As autoridades federais dos Estados Unidos disseram ter desmantelado uma quadrilha de 11 pessoas que atuava no sul da Califórnia cobravando de estrangeiros dispostos a obter a cidadania norte-americana até US$ 60 mil. Em troca do valor o grupo prometia arrumar um parceiro para o casamento, assim como fotos da união, cartas de amor e documentos fiscais tudo falsos. Com os documentos, os interessados podiam legalizar sua situação nos EUA.
Os investigadores acreditam que a organização se especializou no recrutamento de imigrantes ilegais oriundos da China e do Vietnã. "A fraude matrimonial não é um fenômeno novo, mas esta situação foi claramente uma das mais ambiciosas e criativas que já encontramos", disse Virginia Kice, porta-voz das autoridades de imigração e de alfândega.
A organização ilegal começou a ser investigada há três anos, depois que as autoridades notaram que havia cidadãos norte-americanos que estavam buscando documentos de residência permanente, conhecidos como "green card", para mais de um cônjuge. A investigação resultou em acusações contra 44 pessoas por associação ilícita, abuso de vistos e fraude matrimonial. Segundo as investigações, os recrutadores recebiam cerca de US$ 1 mil para cada cidadão norte-americano disposto a participar do esquema. Estes, por sua vez, recebiam entre US$ 3 mil e US$ 5 mil, além de gastos com viagens, para voar ao Vietnã ou à China, países de origem dos "cônjuges". Alguns dos acusados foram submetidos a prisão domiciliar e outros saíram sob fianças variando de US$ 25 mil a US$ 75 mil.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura