Washington (Das agências internacionais ) À medida que se toma conhecimento da enormidade da tragédia que se abateu sobre os Estados Unidos após a passagem do furacão Katrina, nações européias reagem com ofertas de ajuda em pequena e grande escala: de uma universidade austríaca preparando-se para oferecer vagas a estudantes de New Orleans a governos oferecendo suas reservas estratégicas de petróleo. Mas, em meio à compaixão, há também a surpresa de encontrar a nação mais próspera do mundo tão vulnerável e desesperada. O mundo também volta a ficar consternado com a forma como o governo Bush faz pouco caso dos riscos da mudança climática global.
O jornal francês Libération descreveu as cenas de devastação como um espetáculo cruel para o presidente George W. Bush. Criticando a "desordem" no esvaziamento de hospitais, um editorial descreveu o Katrina como um "desastre natural de implicações políticas". "Bin Laden deve estar morrendo de rir", afirma o texto. O jornal alemão Die Tageszeitung diz que o mundo viu cenas "anteriormente conhecidas apenas nas capitais africanas. As forças da ordem estão ausentes. Caos e anarquia reinam. Supermercados são saqueados, helicópteros, alvejados".
Ofertas de ajuda, porém, falam mais alto que as críticas. A ONU criou uma força-tarefa para enviar especialistas em desastres para os EUA; a União Européia ofereceu o envio de água potável e especialistas. A Itália ofereceu dois aviões militares de transporte carregados com bombas, geradores elétricos, veículos anfíbios e tendas. A Alemanha prometeu mandar suprimentos médicos. A França enviou equipes de resgate para avaliar, no local, o que é mais necessário. A Otan se comprometeu a ajudar, também.
Retribuição
Nos Bálcãs, onde tropas norte-americanas ajudam a manter a paz após uma década de guerras, surgem ofertas motivadas por gratidão. Uma tevê da Bósnia ofereceu-se para organizar uma coleta de dinheiro. Em Kosovo, uma unidade de emergência formada por ex-rebeldes albaneses ofereceu ajuda nos trabalhos de reconstrução. Na região da Ásia e do Pacífico, diversos países incluindo o Sri Lanka, país devastado pelo tsunami de 2004 ofereceram dinheiro e especialistas em apoio às vítimas.
Sob uma chuva de críticas severas, Bush fez uma uma visita às áreas afetadas prometendo que o governo restaurará a ordem no caos de Nova Orleans e dizendo que os US$ 10,5 bilhões liberados pelo Congresso representam apenas uma pequena parcela.
Antes de iniciar a viagem, ainda na Casa Branca, o presidente manifestou sua insatisfação com os esforços até agora pífios para levar água e comida às vítimas e restaurar a lei e a ordem em Nova Orleans. "Os resultados são inaceitáveis", disse Bush, que raramente reconhece fracassos do governo. "Temos a responsabilidade de limpar este caos", disse o presidente norte-americano em Mobile, Alabama.
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