O destróier "HMS Dauntless", um dos navios de guerra mais modernos do Reino Unido, zarpou nesta quarta-feira do porto inglês de Portmouth rumo ao Atlântico Sul, no meio da tensão com a Argentina pela soberania das Ilhas Malvinas.
O navio, cujo desdobramento foi anunciado pelo governo em janeiro, partiu dois dias depois que se completassem 30 anos do começo da guerra entre Reino Unido e Argentina pelas Malvinas, na qual quase 900 pessoas morreram, em sua maioria argentinos.
Numerosas pessoas, algumas com bandeiras britânicas, estiveram no porto de Portmouth para dizer adeus à tripulação do "HMS Dauntless", um dos seis novos destróieres Tipo 45 da Marinha britânica que está equipado com um avançado sistema de navegação que o torna praticamente invisível aos radares.
O anúncio do desdobramento desta embarcação causou mal-estar no governo argentino, que disse que o Reino Unido militarizaria o Atlântico Sul e ontem voltou a acusar Londres de "colonialismo".
O "HMS Dauntless", que substituirá o navio britânico "HMS Montrose" e levará aproximadamente um mês para chegar ao Atlântico Sul, deve fazer escala em alguns países do oeste e do sul da África antes de chegar às águas próximas das Malvinas, onde permanecerá seis meses, segundo informou o Ministério da Defesa britânico.
O Reino Unido insiste que o envio do destróier não representa uma militarização do Atlântico Sul, mas uma operação de "rotina" que faz parte da contínua presença britânica na região.
Esta é a primeira operação naval do "HMS Dauntless" desde que foi encomendado pela Marinha Real (Royal Navy) em 2010.
O capitão da embarcação, Will Warrender, disse ao canal britânico "BBC" que a tripulação "trabalhou muito duro no último ano a fim de preparar-se para sua primeira operação".
"Agora estamos prontos para que nossa presença dê segurança à região e para proteger os interesses britânicos", acrescentou.
O governo britânico havia anunciado o envio do destróier ao Atlântico Sul no último dia 31 de janeiro sem dar uma data concreta de partida, que foi confirmada na segunda-feira passada, justamente o dia do 30º aniversário do início do conflito com a Argentina.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, reiterou na segunda-feira o compromisso de seu país em defender a autodeterminação dos quase três mil malvinenses que querem seguir sob soberania do Reino Unido.
Após o anúncio do desdobramento do destróier, o governo argentino apresentou uma queixa formal perante a ONU para denunciar o que considera a militarização da área das Malvinas.
As ilhas, cuja soberania a Argentina reivindica desde 1833, estão a cerca de 13 mil quilômetros do Reino Unido e distantes apenas 460 quilômetros da Argentina.
O governo argentino também condenou a presença na ilha em fevereiro do príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, para completar um treinamento militar.
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