Bogotá - Pelo menos 12 pessoas foram detidas ontem por um escândalo de um milionário roubo de fundos estatais ocorrido no escritório nacional arrecadador de impostos da Colômbia. "O caso é apenas um bracinho de um grande polvo", afirmou o presidente Juan Ma­­nuel Santos Santos a jornalistas.

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Os 12 detidos são acusados em ao menos seis quesitos, entre eles associação para delinquir, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro, disse o vice-promotor ge­­ral, Juan Carlos Forero, que acom­­panhou Santos na apresentação, ao lado de outras autoridades. O presidente disse que ainda é preciso capturar mais cinco pessoas no caso.

Santos informou que a investigação na Direção de Impostos e Aduanas Nacionais (DIAN) começou no início do ano. Estima-se que a máfia trabalhava desde 2004 e teria conseguido nesse período 1 bilhão de pesos colombianos (US$ 568 milhões).

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O presidente acrescentou que foram funcionários da mesma DIAN, que tem 8 mil trabalhadores, que colaboraram para denunciar o esquema. Os ex-empregados falsificavam registros de em­­presas e recibos de exportação, pa­­ra cobrar mais tarde do órgão a devolução desses impostos.

Exército

Um coronel do Exército colombiano confessou que sua unidade matou, premeditadamente, 57 civis para identificá-los falsamente como guerrilheiros mortos em combate.

A revelação foi feita ontem pelo jornal espanhol El País. Luis Fernando Borja Giraldo, ex-co­­mandante da Força Tarefa Con­­jun­­ta de Sucre, admitiu que o ob­­jetivo da falsa baixa era obter benefícios e permissões especiais relacionados ao combate a rebeldes. A confissão valeu ao militar uma redução da pena pelos crimes de 42 para 21 anos.

Segundo o relato de Giraldo, depois de matar os civis, os militares vestiam os corpos com uniformes de guerrilheiros. O coronel forneceu ainda as identidades de cerca de 50 oficiais, suboficiais e soldados que participaram de ações parecidas.

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