Investigadores paquistaneses encontraram conexões substanciais entre os militantes que atacaram Mumbai em novembro e um grupo paquistanês clandestino, disse o jornal norte-americano Wall Street Journal.

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Dez homens armados mataram 179 pessoas num atentado na capital financeira da Índia. O país responsabilizou o grupo islâmico paquistanês Lashkar-e-Taiba (LeT).

O grupo foi fundado por órgãos de segurança paquistaneses no final dos anos 1980 para combater o domínio indiano da disputada região da Caxemira, mas foi banido em 2002, depois que o Paquistão passou a fazer parte da campanha contra o terrorismo liderada pelos Estados Unidos.

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O Wall Street Journal disse, em uma reportagem publicada na Internet na quarta-feira, que um alto líder do LeT, Zarar Shah, foi capturado em uma operação policial este mês na Caxemira e confessou o envolvimento do grupo no ataque.

"Ele está cantando", disse uma autoridade paquistanesa que não quis ser identificada ao jornal, referindo-se à confissão de Shah.

A acusação da Índia sobre o vínculo do Paquistão com os atentados de Mumbai reviveu antigas hostilidades entre os rivais nucleares e aumentou os temores de um conflito.

O Paquistão condenou os ataques de Mumbai e negou qualquer participação, afirmando que os responsáveis agiram de maneira autônoma.

O porta-voz do governo do Paquistão não estava imediatamente disponível para comentar.

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A confissão de Shah é confirmada por grampos telefônicos dos EUA de uma conversa entre Shah e um dos participantes no ataque, disse o agente de segurança paquistanês ao jornal.

Shah disse aos interrogadores que ele foi um dos principais mentores do ataque e falou com os perpetradores durante o incidente para dar conselhos e mantê-los concentrados, disse a reportagem, citando uma outra pessoa a par das investigações.

Shah incriminou outros membros do LeT, e confirmou o relato do único terrorista capturado, disse essa pessoa ao jornal.

De acordo com a mídia indiana, o terrorista capturado declarou a interrogadores indianos que os dez homens armados treinaram na região da Caxemira controlada pelo Paquistão e depois atravessaram a fronteira de barco de Karashi até Mumbai.