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Detenção do “homem do chapéu” confirma vínculo entre ataques de Paris e Bruxelas

Soldados de patrulha  em  frente ao edifício do Parlamento Federal, em Bruxelas | NICOLAS MAETERLINCK/AFP
Soldados de patrulha em frente ao edifício do Parlamento Federal, em Bruxelas (Foto: NICOLAS MAETERLINCK/AFP)

O jovem Mohamed Abrini confessou ser o terceiro responsável pelo ataque ao aeroporto nacional de Bruxelas e admitiu ser “o homem do chapéu”. O anúncio ocorreu neste sábado (9) pela procuradoria belga.“Depois de ser confrontado com o resultado de diferentes exames, ele confessou a sua presença na cena do crime. O jovem disse que jogou foram a roupa em que usou no ataque em uma lata de lixo e vendeu posteriormente o chapéu que aparece nas imagens”, informou o comunicado da promotoria belga. Ele também é acusado pelos atentados de novembro em Paris.

Em um primeiro momento, a mesma procuradoria havia afirmado que não era possível confirmar se Abrini, um belga-marroquino de 31 anos, era o mesmo homem que acompanhou os dois suicidas que detonaram suas bombas no aeroporto da capital belga no dia 22 de março.

Segundo o jornal belga L’Echo, Mohamed Abrini teria explicado aos investigadores e ao juiz que o interrogaram que os comandos de 22 de março queriam de fato voltar a Paris para atacar, mas que se sentiram ameaçados diante do avanço das operações policiais e decidiram agir de forma precipitada em Bruxelas.

A procuradoria belga não confirmou, no entanto, esta informação, segundo a agência belga.

Mais cedo, o Ministério Público Federal da Bélgica informou que além de Abrini, Osama K., Herve B. M. e Bilal E. M. foram acusados de participar em “assassinatos terroristas” e “atividades de um grupo terrorista” ligados aos atentados.

A polícia belga prendeu na sexta-feira (08), além de Mohamed Abrini, outras quatro pessoas. Pelo menos 32 pessoas foram mortas nos ataques.

Ordem de detenção

Preso na sexta (8), Abrini era alvo de uma ordem de detenção europeia desde 24 de novembro, como o segundo homem mais procurado pela polícia após os atentados na capital francesa.

Os investigadores suspeitam que ele viajou de carro com Salah Abdeslam, último sobrevivente dos grupos que atacaram Paris, e seu irmão Brahim - que detonou sua carga explosiva nas ruas de Paris - duas vezes em 10 e 11 de novembro entre Bruxelas e Paris, pouco antes dos atentados. Abrini foi flagrado pela câmera de um posto de gasolina no norte da França enquanto viajava.

De acordo com a procuradoria belga, durante as viagens os três alugaram os esconderijos na região de Paris utilizados pelos comandos terroristas de 13 de novembro.

Abrini cresceu no bairro belga de Molenbeek, como Salah Abdeslam, que está detido desde 18 de março na área de segurança máxima de prisão de Brugges, à espera da extradição para a França.

Em meados do ano passado, ele viajou à Síria, onde teria se unido à facção terrorista Estado Islâmico.

O irmão do suspeito morreu no país árabe em 2014 e era membro de uma brigada francófona da milícia. Ele também teria relações com Abdelhamid Abbaoud, considerado o mentor dos ataques de Paris, morto em 18 de novembro.

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