Um dos últimos homens mantidos presos durante a resposta do Exército aos protestos pró-democracia na Praça Tiananmen (ou Praça da Paz Celestial) em 1989, em Pequim, foi libertado, conforme afirmou nesta sexta-feira o Information Center for Human Rights and Democracy, grupo de defesa dos direitos humanos baseado em Hong Kong.
A libertação pode ser uma resposta a críticos que acusam o regime comunista de falhar na defesa dos direitos humanos. O momento não poderia ser mais propício, já que esta semana começou a contagem regressiva para as Olimpíadas de Pequim, que acontecerão em agosto do próximo ano.
Xi Haoliang, que trabalhava na construção civil, teria se juntado a uma multidão que queimou objetos para impedir que soldados entrassem na capital chinesa na manhã de 4 de junho de 1989.
Inicialmente, o chinês foi condenado à morte. Depois, a pena passou a ser de prisão perpétua. Anos mais tarde, Xi teve uma considerável redução da pena. O chinês vai morar com o pai, já bastante idoso.
Xi pertencia a um grupo de cerca de dez pessoas que, acredita-se, ainda estejam presas por causa dos incidentes em Tiananmen.
O governo chinês jamais revelou os números exatos da enérgica ação do Exército. Alguns grupos de defesa dos direitos humanos acreditam que centenas de pessoas possam ter morrido naquela ocasião. Parentes de vítimas já teriam identificado 170 vítimas.
Policiais e soldados também morreram nos incidentes em Pequim. Os líderes do movimento composto em sua maioria por estudantes morreram, foram presos ou fugiram para outros países.
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