Dezenas de bebês tigres congelados foram encontrados nesta quarta-feira durante a inspeção do “Templo dos Tigres”, uma atração turística da Tailândia, que acaba de ser fechada.
“Encontramos 40 bebês tigres, mortos um ou dois dias depois de seu nascimento. Desconhecemos quando morreram”, declarou à AFP o coronel da polícia, Bandith Meungsukhum.
Imagens divulgadas nesta quarta pelos meios de comunicação locais mostraram os pequenos corpos dos pequenos tigres alinhados sobre uma manta no chão, depois de sua descoberta.
O departamento de Parques Nacionais da Tailândia anunciou que irá apresentar uma denúncia contra os responsáveis do templo por “conservação ilegal de cadáveres de animais”.
O “Templo dos Tigres”, situado na província tailandesa de Kanchanaburi, é dirigido por monges. O lugar faz grande sucesso entre os turistas, encantados de poderem ser fotografados junto aos felinos, já que o espaço deixou, há algum tempo, de ser considerado um centro espiritual.
Os monges tiveram que aceitar na segunda-feira (30) a retirada dos felinos, que eram sua grande fonte de renda, mas rechaçaram as acusações de maus-tratos e tráfico de animais.
Os responsáveis pelo lugar asseguraram que a passividade dos tigres, com os quais os turistas faziam “selfies”, era conquistada graças ao adestramento, e não mediante uso de drogas.
Um defensor dos direitos dos animais, Edwin Wiek, que fez campanha durante um longo tempo para que o templo fosse fechado, evocou a pista de tráfico ilegal do resto dos tigres, que segundo a crença popular na Ásia, têm poderes mágicos.
O templo explicou em sua página oficial no Facebook que morrer com pouca idade era algo comum para os bebês tigres, mas não explicou em nenhum momento o motivo do congelamento.
“Ao invés de cremarmos, os bebês mortos foram congelados” a partir de 2010, o templo se limitou a explicar, assegurando que os cadáveres não estavam destinados ao tráfico, denunciando “aqueles que tiram conclusões precipitadas”.
As autoridades tentaram resgatar os tigres em abril de 2015 porque o templo não possuía os documentos necessários, mas os monges se opuseram.
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