Autoridades do México informaram no início deste semana a descoberta de dezenas de cadáveres desmembrados, embalados e congelados em geladeiras de casas do crime organizado em Veracruz, estado do leste do país, que vive uma crise de violência perpetrada por grupos criminosos.
Relatórios policiais indicam que os restos mortais, ainda não quantificados, estavam em dois esconderijos operados por facções no município de Poza Rica, uma região petrolífera.
Autoridades ministeriais e peritos realizam um trabalho de identificação forense para determinar um número aproximado de vítimas.
Embora o incidente tenha sido relatado nessa segunda-feira (14), a descoberta ocorreu no domingo, quando integrantes do Exército mexicano, a Secretaria Estadual de Segurança Pública e a Procuradoria-Geral do Estado realizaram buscas em propriedades utilizadas para cometer crimes naquela área.
As autoridades continuam operando em diferentes propriedades de Veracruz em busca de mais casas e restos humanos, já que as primeiras constatações sugerem que provavelmente mais vítimas serão localizadas.
A organização civil Causa en Común, dedicada a documentar casos de violência extrema, colocou Veracruz em primeiro lugar no México com maior número de vítimas de atos de violência extrema e de alto impacto, com 899 vítimas desse tipo de ato.
Nas últimas duas décadas, o estado sofreu com a violência relacionada à operação de cartéis de drogas, que diversificaram suas atividades em sequestros, tráfico de migrantes e extorsão.
De 2018 até março deste ano, Veracruz manteve o primeiro lugar com o maior número de sepulturas clandestinas em todo o país.
Dados do Relatório de Estratégia de Segurança Pública revelaram que a região registrou um total de 335 valas clandestinas, correspondendo a 11,97% das valas em todo o país.
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