Um pico na violência na instável cidade de Homs deixou até 50 pessoas mortas nas últimas 24 horas, com dezenas de corpos abandonados nas ruas, afirmaram ativistas nesta terça-feira.
O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, citou testemunhas dizendo que 34 corpos foram lançados nas ruas de Homs na noite de segunda-feira. O ativista sediado em Homs Mohammed Saleh disse que houve uma série de sequestros e assassinatos na cidade mais cedo nesta segunda-feira. As informações não podiam ser verificadas por fontes independentes, já que a Síria proibiu a entrada da maioria dos jornalistas estrangeiros e impede o trabalho da mídia independente.
O governo do presidente Bashar Assad tenta reprimir protestos há quase nove meses. Há, além disso, crescentes sinais de insurgência armada e do aumento nas tensões sectárias, que podem levar o país a uma guerra civil. Homs tornou-se o epicentro do levante, e o governo mantém um cerco à cidade há meses.
Na segunda-feira, a Síria afirmou que concordaria em permitir que observadores da Liga Árabe sigam ao país, como parte de um plano para acabar com a violência. Damasco, porém, impôs uma série de condições, incluindo o cancelamento de sanções econômicas impostas pela organização de 22 membros. O chefe da Liga Árabe, Nabil Elaraby, rapidamente rejeitou as demandas sírias.
A ONU afirma que mais de 4 mil pessoas já morreram na repressão iniciada em março. O país já sofreu sanções econômicas da Liga Árabe, dos EUA, da União Europeia e da Turquia, o que pode prejudicar bastante a economia nacional e tirar autoridade do regime. Damasco, porém, permanece desafiante e mostra poucos sinais de que pode parar com a repressão. As informações são da Associated Press.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura