Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Bruxelas nesta quarta-feira contra as medidas de austeridade do governo, que, segundo os sindicatos, dificultam a recuperação econômica e punem os pobres.
Pelo menos 13 capitais europeias - de Lisboa a Helsinque - registraram protestos semelhantes no mesmo dia. Na Espanha, uma greve geral contra cortes nos gastos públicos e uma reforma trabalhista e previdenciária teve adesão limitada.
"A principal sensação das pessoas é que para o sistema bancário há milhões e bilhões de euros, mas que os benefícios sociais estão sendo cortados. Isso não é certo", disse Ralf Kutkowski, alemão que trabalha numa mina de carvão e participava do protesto em Bruxelas.
Com bandeiras e cartazes dizendo "não à austeridade" e "prioridade para os empregos e o crescimento", os manifestantes seguiram em passeata em direção à sede da União Europeia, na capital belga.
Os 50 sindicatos representados incluíam mineiros alemães, trabalhadores romenos do setor de gás e funcionários de estaleiros poloneses.
A Confederação Europeia de Sindicatos disse que pretendia levar 100 mil pessoas à manifestação. Uma fonte policial afirmou à Reuters que pelo menos 50 mil estavam participando.