A polícia israelense e palestinos entraram em confronto em frente à importante mesquita de al-Aqsa nesta sexta-feira, e ao menos 35 pessoas ficaram feridas, segundo a polícia de Israel e equipes médicas palestinas.

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O presidente palestino, Mahmoud Abbas, acusou as forças israelenses de "provocação" e de "ultrapassar linhas vermelhas" em tentativa de minar a retomada de negociações de paz que devem acontecer em breve com intermédio dos EUA. Em comunicado, Abbas fez um pedido a Washington para impedir que Israel faça uma "guerra de religiões" no Oriente Médio.

O ministro de Segurança de Israel culpou o Hamas, facção rival de Abbas, de fomentar o conflito. O incidente começou depois de uma cerimônia religiosa semanal no terceiro lugar mais sagrado do Islã, em local que judeus também reverenciam como seu Templo Bíblico.

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Muçulmanos protestaram contra o plano do governo israelense de incluir sítios religiosos nos territórios ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Ocidental através do plano de patrimônio nacional de Israel. Eles lançaram bandeiras do Hamas e pedras contra a polícia, que ocupou a área delimitada ao redor da mesquita al-Aqsa.

Algumas testemunhas, inclusive um jornalista da Reuters, disseram que esquadrões da polícia atiraram granadas para dispersar dezenas de jovens. Cinco pessoas foram detidas, segundo a polícia, que também informou que palestinos jogaram pedras contra os judeus que estavam rezando no Muro Ocidental, abaixo do complexo em que a mesquita está localizada.

Equipes médicas palestinas disseram que ao menos 17 palestinos foram feridos por gás lacrimogêneo e balas de borracha, um gravemente. Um porta-voz da polícia disse que 18 policiais foram levemente feridos no confronto, seis precisaram de tratamento hospitalar.