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violência

Dezenove civis mortos na Síria em dia de celebração pelo fim de Kadafi

As forças de segurança sírias mataram nesta sexta-feira pelo menos 19 civis, onde o movimento que exige a queda do presidente Bashar al-Assad ganhou um estímulo com a morte do líder líbio Muamar Kadafi.

Os Comitês Locais de Coordenação (LCC), que organizam dentro da Síria o movimento de contestação anti-Assad, comemoraram a morte do líder líbio deposto como uma "grande vitória da terceira revolução árabe, que envia sinais determinantes aos tiranos da região".

Este é "um novo sinal do fracasso das iniciativas de segurança e militares frente à vontade dos povos que exigem a liberdade, a justiça e a igualdade", acrescentaram.

O movimento geral da revolução síria, que reúne vários grupos sírios de oposição, revelou "similaridades entre as revoluções líbia e síria, que combatem a opressão e os assassinatos, a tirania, corrupção..."

Como ocorre em todas as sextas-feiras, milhares de sírios se manifestaram em diferentes pontos do país para pedir a queda do governo Assad e foram duramente reprimidos. Quinze civis morreram em Homs, um dos principais focos da revolta, dois deles atingidos por tiros disparados de um posto de controle militar, dois por um franco-atirador e seis durante ações realizadas pelas forças de segurança, segundo o OSDH. Outros dois civis morreram em Hama (centro); um ao ser baleado por um franco-atirador e o segundo durante a dispersão de um protesto, segundo a mesma fonte, que também indicou a morte de um idoso atropelado por um veículo militar.

No sul, outro civil morreu na região de Deraa, quando as forças de segurança dispararam contra um cortejo fúnebre que era realizado em Jasem. No noroeste, o Exército dispersou uma marcha e uma pessoa foi morta, indicou o OSDH.

Tanto o OSDH como outras organizações humanitárias indicaram novas grandes manifestações em diferentes cidades do país contra o regime de Damasco, algo que vem se repetindo toda sexta-feira.

O movimento de oposição na Síria convocou novamente uma manifestação nesta sexta-feira por meio de sua página no Facebook contra o regime do presidente Assad e para homenagear a luta do povo líbio, no dia seguinte à morte do líder líbio Muamar Kadhafi.

"Chegou a sua vez Doutor", escreveram alguns opositores no Facebook em referência a Assad.

Segundo a ONU, mais de 3.000 pessoas, em sua maioria civis, foram mortas desde o início da revolta na Síria, no dia 15 de março.

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