A Índia adota nesta sexta-feira (14) um forte esquema de segurança para celebrar os 61 anos de sua independência, depois dos recentes atentados a bombas em cidades do país e de protestos na Caxemira.
Franco-atiradores ficarão postados em arranha-céus enquanto o primeiro-ministro Manmohan Singh hastear a bandeira nacional nas rampas do histórico Forte Vermelho, ao som de 21 tiros de canhão. Em seguida, ele deve fazer um pronunciamento.
"Preparamos nossos recursos e teremos sistemas antiaéreos colocados na capital. Algumas áreas foram declaradas zonas de exclusão aérea", disse Rajan Bhagat, porta-voz da polícia local.
Na Caxemira, pelo menos 27 pessoas morreram em manifestações contra o domínio indiano, as maiores dos últimos anos.
Os distúrbios começaram por causa da promessa do governo de ceder uma área florestal a uma entidade que administra uma gruta visitada por peregrinos hindus. Diante dos protestos dos muçulmanos, o governo recuou, o que por sua vez irritou a população hindu.
O principal grupo separatista da Caxemira convocou uma greve geral para sexta-feira.
Em Nova Délhi, há barricadas nas ruas e a polícia revista pessoas e sacolas nos shoppings.
Mas, alegrando o feriado de 5 milhões de funcionários públicos, o governo aceitou um aumento salarial expressivo, num momento em que as autoridades monetárias lutam para controlar a inflação.
Além da preocupação com a Caxemira, o governo enfrenta pressão também pelos ataques de rebeldes, que desde maio já fizeram mais de cem mortos.
Grupos maoístas estão cada vez mais ativos em florestas do centro e leste do país, e neste ano orientaram seus seguidores a não celebrar a independência.
No remoto nordeste indiano, quatro grupos separatistas, como o de Assam, também convocaram boicotes e/ou greves gerais.
Na quinta-feira, forças de segurança alvejaram quatro desses rebeldes separatistas. A guerrilha prometeu reagir.
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