Presidente do Iêmen promete parlamentarismo
Sanaa - O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, prometeu ontem convocar um referendo constitucional ainda em 2011 para instaurar um regime parlamentar, mas a oposição rejeitou a oferta. "Proponho uma nova iniciativa para evitar a sedição do país", declarou para milhares de pessoas em Sanaa. Saleh, há 32 anos no poder, propôs ainda descentralizar o poder, no momento em que o sul do país exige mais autonomia, e até mesmo a independência, e rebeldes da região norte do Iêmen reclamam da discriminação.
A oposição iemenita exige a renúncia de Saleh, cujo regime é questionado desde janeiro por protestos nas cidades de Sanaa, Taez, Aden, entre outras.
"A iniciativa do presidente constitui o atestado de óbito do regime político, cujo fim é exigido pelos manifestantes", declarou Mohamad al-Sabri, porta-voz da oposição.
AFP
Riad - A oposição saudita convocou para hoje os maiores atos antirregime no país desde o começo da onda de protestos na região, colocando o governo em alerta e gerando temores de alta no preço do petróleo.
O "Dia de Fúria'' na Arábia Saudita prevê manifestações pela primeira vez em Riad, a capital, e Jeddah, a segunda maior cidade, e remete aos atos que originaram as grandes mobilizações opositoras em outros países da região.
A página no Facebook que convocava aos atos tinha ontem apoio de 32 mil pessoas.
O país, detentor das maiores reservas de petróleo do mundo e importante aliado do Ocidente, não tem histórico de protestos, mas nas últimas semanas pequenos atos têm sido registrados não na capital.
Ontem, a polícia dispersou com tiros um protesto da minoria xiita na região petrolífera no leste do país, que é membro da Opep, disseram testemunhas. Quatro pessoas ficaram feridas.
A perspectiva de que os intensos protestos no mundo árabe ganhem força na Arábia Saudita exacerba temores de aumento ainda mais acentuado do preço do petróleo, em alta desde o início das revoltas.
Abaixo dos US$ 100 no começo do ano, o barril do tipo Brent vem subindo desde ao menos o início dos protestos na Líbia, grande produtora. Fechou hoje a US$ 115,43.
Analistas preveem o barril em US$ 200 no meio deste ano caso os protestos na Arábia Saudita de fato ganhem força.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião