O chanceler federal alemão, Olaf Scholz| Foto: EFE/EPA/CLEMENS BILAN
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Em meio ao agravamento das tensões na Ucrânia e ao receio de um eventual conflito com a Rússia, a Alemanha anunciou iniciou planos para ampliar o número de bunkers e abrigos de emergência no país. A medida, amplamente noticiada pela mídia europeia nesta segunda-feira (25), visa reforçar a proteção civil, permitindo que os cidadãos encontrem refúgio rapidamente em caso de um eventual ataque russo.

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Segundo o jornal alemão Der Spiegel, um porta-voz do Ministério do Interior do país afirmou nesta segunda-feira que o governo já está trabalhando em um projeto a longo prazo que contará com uma lista detalhada de instalações públicas e privadas que possam ser adaptadas como abrigos em caso de conflito. Entre os locais citados estão estações de metrô, estacionamentos subterrâneos e porões. A iniciativa também prevê o desenvolvimento de um aplicativo que indicará o caminho mais rápido para os abrigos mais próximos. Além disso, o governo encorajará os cidadãos a adaptarem seus próprios porões e garagens para uso como abrigos emergenciais.

"Trata-se de garantir que esses locais sejam rapidamente acessíveis às pessoas”, afirmou o porta-voz.

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Atualmente, a Alemanha possui apenas 579 bunkers operacionais, um número drasticamente reduzido em comparação aos cerca de 2 mil existentes durante a Guerra Fria. Tais abrigos são capazes de acomodar aproximadamente 480 mil pessoas, o que representa apenas uma pequena fração da população total de 84 milhões de habitantes. Segundo o jornal britânico The Guardian, o porta-voz explicou que a ideia da Alemanha é aumentar nos próximos anos o número de abrigos e criar um conceito de proteção civil abrangente para atender às demandas atuais. O governo acredita que este processo demandará uma ampla coordenação entre as autoridades e levará tempo.

As preocupações da Alemanha com a Rússia cresceram desde que o ditador Vladimir Putin decidiu invadir a Ucrânia em 2022. De acordo com o Guardian, chefes de inteligência da Alemanha alertaram que Moscou poderia estar apta a atacar membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) até 2030.

Não é apenas a Alemanha que está reforçando sua preparação civil. Países como Suécia, Finlândia, Noruega e Dinamarca também têm implementado campanhas de conscientização e fortalecimento de infraestruturas de defesa, prevendo a possibilidade de um avanço russo sobre o continente europeu.

Na última quarta-feira (20), o jornal New York Post revelou que a Alemanha também já possui um plano para viabilizar a mobilização de até 800 mil soldados da Otan através de seu território, caso a Rússia inicie um ataque.