O Dicionário de Cambridge, um dos mais prestigiados da língua inglesa em todo o mundo, mudou na sua edição deste ano suas definições para “mulher” e “homem” para adicionar pessoas transgênero.
Na definição para “mulher”, a editora da Universidade de Cambridge manteve a explicação “um ser humano feminino adulto”, mas incluiu também a definição “um adulto que vive e se identifica como mulher, embora possam ter lhe dito que tinha um sexo diferente quando nasceu”.
Para “homem”, um dos exemplos de uso da palavra no dicionário agora é a frase “Mark é um homem trans (= um homem a quem lhe disseram ser mulher quando nasceu)”.
“Eles [editores] estudaram cuidadosamente os padrões de uso da palavra mulher e concluíram que essa definição é algo que os alunos de inglês devem conhecer para apoiar sua compreensão de como o idioma é usado”, disse Sophie White, porta-voz da editora da Universidade de Cambridge, ao Washington Post.
A mudança gerou muitas críticas de analistas conservadores. Mary Rooke, colunista do site de direita Daily Caller, escreveu: “Malditos traidores da verdade! O Dicionário de Cambridge é apenas o mais recente [dicionário a fazer mudanças desse tipo]. Se não os impedirmos de apagar as mulheres da história, nossa civilização será [apagada]”, afirmou.
Dan McLaughlin, colunista da National Review, escreveu no Twitter que “[o livro] ‘1984’ não era para ser considerado um manual a ser seguido ao pé da letra”, numa referência à novilíngua, que no romance de George Orwell é criada para suprimir a liberdade de expressão e pensamento.
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