A presidente brasileira, Dilma Rousseff, pediu nesta sexta-feira aos colegas do Mercosul que zelem para que o Paraguai celebre eleições livres, ao receber da Argentina a presidência temporária do bloco durante a cúpula de chefes de Estado em Mendoza (oeste).
"Temos que fazer neste semestre nossos melhores esforços para que as próximas eleições no Paraguai sejam democráticas, livres e justas", disse Dilma no plenário dos presidentes.
O Mercosul resolveu suspender o Paraguai, um dos membros fundadores, ao lado de Brasil, Argentina e Uruguai, até que sejam realizadas as próximas eleições, previstas para abril de 2013, depois da destituição do presidente Fernando Lugo.
"Temos capacidade, e já demonstramos isso, para atender às necessidades das nossas sociedades, tanto em matéria social, quanto econômica, mas também democrática", disse Rousseff.
A presidente comemorou, ainda, a inclusão da Venezuela ao bloco, que será efetivada em uma reunião especial convocada para o próximo 31 de julho no Rio de Janeiro, segundo a cúpula presidencial.
"Os países do Mercosul esperam que em 31 de julho o processo continue com a integração da Venezuela", afirmou.
A entrada da Venezuela como membro pleno do Mercosul era barrada no Congresso do Paraguai, enquanto os parlamentos dos outros três parceiros do bloco a ratificaram.
"O Brasil e os países do Mercosul esperam que cada vez mais se somem países como a Venezuela. Conto com o empenho de todos e espero que, com nossa vontade coletiva, sejamos capazes de respeitar a dimensão da nossa América Latina", disse Dilma no encerramento formal da cúpula, em Mendoza.
"Ainda somos uma das regiões do mundo menos afetadas pela crise internacional e, por isso, temos que fazer da integração econômica um fator relevante", afirmou Dilma.
"A América Latina não é nem será apenas uma fornecedora de alimentos, minerais e energia que, sabemos, é importante para o mundo, mas nós somos países capazes de gerar valor e usar a pesquisa científica para ampliar nossos mercados", afirmou.
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