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Em entrevista à imprensa brasileira em Nova York, Dilma disse que o tema Grécia foi discutido nas reuniões que manteve com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron | AFP
Em entrevista à imprensa brasileira em Nova York, Dilma disse que o tema Grécia foi discutido nas reuniões que manteve com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron| Foto: AFP

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira uma "decisão política" para resolver a questão da crise na Grécia. Em entrevista à imprensa brasileira em Nova York, Dilma disse que, ontem, o tema Grécia foi discutido nas reuniões que manteve com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron. A presidente relatou que sentiu que deve vir uma nova discussão por aí sobre a questão e que não é possível esperar a reunião do G-20 em Cannes, no início de novembro.

"Decisão política. Há que se decidir o que se faz em relação à Grécia. Ninguém acredita que um pacote de 8 bilhões (de euros) resolva o problema da Grécia. Então você tem de buscar soluções que sejam politicamente consistentes". A presidente acrescentou que não acredita em uma saída que obrigue a Grécia a sistematicamente fazer cortes de 20%. "Cortar todo o seu funcionalismo, vender o Parthenon, além de vender o Parthenon, o que mais? As ilhas gregas?".

Dilma afirmou achar correto "uma linha de financiamento para a Grécia, de redução da dívida, uma discussão séria de como o país se resolverá dentro da União Europeia". "Eu não posso te convidar para uma festa de debutante e não te deixar comer o bolo", comparou a presidente.

A presidente destacou ainda que o governo brasileiro não acha que vai solucionar o problema europeu simplesmente colocando o dinheiro de nossas reservas no fundo de estabilização europeu. "Porque não é esse o problema. Nós faremos qualquer medida que o mundo reparta entre si desde que fique claro qual é o caminho que querem adotar. Nós não achamos que a questão é falta de dinheiro, mas falta de recursos políticos. Então estamos dispostos. Nunca nos recusamos a ajudar no passado com dinheiro e estamos dispostos a participar com nossos recursos políticos".

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