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Diplomacia

Dilma intervirá por ativista brasileira

Ativistas do Greenpeace instalam faixa pedindo para “libertar os 30 do Ártico”, na sede da empresa Gazprom, em Paris | Jacky Naegelen/Reuters
Ativistas do Greenpeace instalam faixa pedindo para “libertar os 30 do Ártico”, na sede da empresa Gazprom, em Paris (Foto: Jacky Naegelen/Reuters)
Bióloga brasileira Ana Paula Maciel, presa em Murmansk |

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Bióloga brasileira Ana Paula Maciel, presa em Murmansk

A bióloga brasileira Ana Paula Maciel, presa na Rús­­sia com outros ativistas do Gre­­enpeace, conseguiu ontem uma autorização para falar por telefone com a família.

A informação é do embai­­xador do Brasil na Rússia, Fernando Mello Barreto. Ele disse que uma diplomata da embaixada está desde quarta-feira em Murmansk, norte da Rússia, onde Ana Paula, de 31 anos, está presa com os colegas do Greenpeace desde o dia 19.

"A diplomata conseguiu autorização para visita consular à Ana Paula Maciel. En­­controu-a bem e interessada em ter informações.

A diplomata obteve autorização da direção da detenção para que Ana Paula faça uma chamada telefônica para a mãe, se possível hoje [ontem] ou no mais tardar amanhã [hoje]", informou Barreto.

"Foi autorizado também entregar material de leitura, inclusive um livro sobre a língua russa. A diplomata conversou também com o advogado e representantes do Greenpeace", disse o embaixador brasileiro.

Segundo Barreto, a representante da embaixada chegou ontem a Murmansk. É pelo menos a segunda vez que Ana Paula recebe a visita de autoridades brasileiras.

A presidente Dilma Rous­­seff afirmou ter determinado ontem que o Ministério das Relações Exteriores acionasse o governo russo para encontrar "solução" para a prisão da bióloga.

"Determinei ao @MRE­BRASIL que desse toda assistência à brasileira Ana Paula Maciel, detida na Rússia durante protesto ambiental", tuitou a presidente. "Solicitei ao ministro Figueiredo contato de alto nível com o governo russo para encontrar solução para Ana Paula", continuou.

Ana Paula está entre os 30 ativistas presos no dia 19 em protesto no Ártico contra a estatal russa de gás e petróleo Gazprom.

A Justiça de Murmansk decretou a prisão preventiva do grupo por dois meses até o fim das investigações.

As autoridades russas afirmam que pretendem processar os envolvidos, incluindo a brasileira, pelo crime de pirataria, cuja pena no país chega a 15 anos de prisão.

Na quarta-feira, o porta-voz do Comitê de Investigação do caso, Vladimir Markin, afirmou que substâncias ilícitas foram encontradas no barco onde os ativistas foram detidos. Ele indicou que a análise desse material poderá agravar as acusações contra todos.

Em sua defesa, o Gre­­en­­peace nega o porte de drogas e alega que o protesto ocorreu pacificamente, sem se apropriar de bens alheios. Diz também que não houve tentativa de tomar posse de nenhum navio, o que viabilizaria a acusação de pirataria por parte das autoridades russas.

Dilma

A presidente Dilma Rousseff determinou ontem ao Ministério das Relações Exteriores que dê toda assistência à bióloga gaúcha Ana Paula Maciel. Ela e outras 29 pessoas estão em um centro de detenção na cidade de Murmansk, na Rússia, desde 24 de setembro, sob acusação de pirataria após um protesto do Greenpeace contra a exploração de petróleo no Ártico.

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