A presidente Dilma Rousseff informou a assessores e auxiliares que pretende comparecer em dezembro à posse do novo presidente da Argentina independentemente de quem saia vencedor neste domingo (22).
A viagem ao país vizinho está prevista na agenda de compromissos oficiais da petista, que tem defendido o gesto como sinal de disposição da administração brasileira em construir um canal de diálogo com o novo governo argentino.
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O Palácio do Planalto tem preferência pelo candidato governista, Daniel Scioli, mas não encontra grandes resistências ao oposicionista Mauricio Macri, ao qual iniciou movimento de aproximação após seu favoritismo nas pesquisas de intenção de voto.
O embaixador do Brasil na Argentina, Everton Vargas, reuniu-se no início deste mês com a equipe do candidato de oposição à gestão de Cristina Kirchner, que defendeu durante a campanha eleitoral uma maior aproximação do governo argentino com a administração da petista caso seja eleito.
Os dois candidatos têm defendido o fortalecimento das relações bilaterais com o Brasil, sobretudo no aumento do atual fluxo comercial. O Brasil é atualmente o principal fornecedor do mercado argentino e, em outubro, as exportações brasileiras para o país vizinho registraram o primeiro crescimento desde 2013.
Em outubro, a presidente recebeu Daniel Scioli no Palácio do Planalto e lhe garantiu que irá alongar as linhas de financiamento à exportação para a Argentina. Assim, os importadores argentinos teriam mais prazo para pagar as compras feitas no Brasil.
A Argentina vive uma situação de escassez de dólares e a perspectiva é de que o próximo presidente encontre reservas internacionais baixas, afetando o fluxo de importação do país.