| Foto: David Mercado/Reuters

Em nota divulgada nesta quarta-feira (3), a presidente Dilma Rousseff expressou "indignação e repúdio ao constrangimento imposto ao presidente Evo Morales por alguns países europeus, que impediram o sobrevoo do avião presidencial boliviano por seu espaço aéreo". Para Dilma, o "constrangimento ao presidente Morales atinge não só à Bolívia, mas a toda América Latina" e "compromete o diálogo entre os dois continentes e possíveis negociações entre eles".

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Nesta quarta-feira, bolivianos foram às ruas da capital La Paz e protestaram na frente da Embaixada Francesa. Eles queimaram bandeiras da França.

Conforme informou nesta quarta-feira o jornal O Estado de S.Paulo, o chanceler boliviano, David Choquehuanca, afirmou que o avião de Morales foi proibido de aterrissar em Portugal para uma escala e impedido de entrar no espaço aéreo francês em razão da desconfiança de que o ex-agente americano Edward Snowden estivesse a bordo. O incidente ocorreu após Evo declarar, na Rússia, estar disposto a avaliar um pedido de asilo feito pelo fugitivo.

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"O noticiado pretexto dessa atitude inaceitável - a suposta presença de Edward Snowden no avião do Presidente -, além de fantasiosa, é grave desrespeito ao Direito e às práticas internacionais e às normas civilizadas de convivência entre as nações. Acarretou, o que é mais grave, risco de vida para o dirigente boliviano e seus colaboradores", diz a nota.

A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) deve fazer uma reunião extraordinária nesta quinta-feira, 4, para tratar do assunto. O governo brasileiro deverá ser representado pelo secretário-geral do Itamaraty, Eduardo Santos - a presidente Dilma Rousseff cumpre agenda amanhã em Salvador, para lançar o Plano Safra do Semiárido.