A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta segunda-feira (30) seu colega paraguaio, Horacio Cartes, e ressaltou a "importância" da presença do Paraguai no Mercosul, bloco que manteve o país suspenso entre julho de 2012 e agosto deste ano.
"Discutimos bastante sobre o Mercosul", declarou Dilma após um reunião privada com Cartes, a quem reiterou a "importância" que o Brasil atribuiu a seu país e de sua participação no bloco que também é integrado por Argentina, Uruguai e Venezuela.
Dilma defendeu a integração da Venezuela, aprovada em 29 de julho de 2012, o mesmo dia em que o Mercosul suspendeu o Paraguai após considerar a destituição do então presidente Fernando Lugo como uma "ruptura da ordem constitucional".
"Ao integrar a Patagônia ao Caribe, tornamos a nossa região com tecido mulitlateral muito mais forte", sustentou Dilma sobre a entrada da Venezuela no bloco, que foi rejeitada pelo Congresso do Paraguai no período em que esse país estava suspenso do bloco.
Embora a sanção ao Paraguai tenha sido levantada após a posse de Cartes em agosto, seu Governo ainda não deu os passos necessários para a reincorporação ao bloco. Segundo Dilma disse hoje, a presidente "espera um rápido retorno" do país ao Mercosul.
Durante a reunião privada que manteve com Cartes, foram discutidos assuntos relativos ao comércio bilateral e à cooperação nas áreas social, econômica e de infraestruturas, afirmou Dilma.
A presidente brasileira assegurou que confia que, em um "breve prazo", comecem as obras para a construção de uma segunda ponte entre ambos os países sobre o Rio Paraná, com a qual seriam unidas as cidades de Presidente Franco (Paraguai) e Foz do Iguaçu.
A construção dessa ponte foi estipulada em 2008, quando seu custo foi calculado em US$ 60 milhões, que seriam financiados inteiramente pelo Brasil, mas o projeto está estagnado desde então.
Segundo Dilma, que não deu detalhes sobre a retomada desse projeto, a segunda ponte daria um "forte impulso" ao comércio bilateral, pois "fará facilitará o transporte de cargas".
A presidente brasileira também ressaltou a "transcendência" do de uma linha de transmissão de energia elétrica entre a represa binacional de Itaipu e a cidade de Assunção, que está em seus lances finais e deve ser inaugurada antes de fim de ano.
"É uma grande obra, que permitirá ao Paraguai atrair novos investimentos, que contribuirá a uma maior industrialização do país e que ajudará a integrar mais as cadeias produtivas com o Brasil" e o resto dos parceiros do Mercosul, declarou Dilma.
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Após críticas, Randolfe retira projeto para barrar avanço da direita no Senado em 2026
Novo decreto de armas de Lula terá poucas mudanças e frustra setor
Câmara vai votar “pacote” de projetos na área da segurança pública; saiba quais são