A presidente Dilma Rousseff comemorou o sucesso do lançamento do CBERS-4 na madrugada deste domingo (7), o quinto satélite de vigilância remota desenvolvido e colocado em órbita conjuntamente por Brasil e China, e que já transmitiu os primeiros sinais à Terra.
"Foi um sucesso o lançamento do CBERS-4, satélite sino-brasileiro, ocorrido na base de Tayuan, hoje de madrugada, na China", afirmou Dilma pelo Twitter.
A governante acrescentou que o satélite "já está em operação" e que servirá, entre outras muitas aplicações, para vigiar o desmatamento da Amazônia.
Segundo a presidente, o aparelho é fruto de uma parceria entre Brasil e China e amplia a cooperação Sul-Sul porque fornecerá imagens de satélite aos países da América Latina e da África.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão brasileiro responsável pelo satélite, informou que o êxito do projeto foi confirmado duas horas após o lançamento, quando o CBERS-4 enviou os primeiros dados à Terra.
O aparelho, que entrou em órbita 12,5 minutos após o lançamento e se posicionou a 742,5 quilômetros de altitude, foi transportado pelo foguete propulsor chinês Longa Marcha-4B, que o lançou ao espaço às 11h26 na China (1h26 de Brasília).
O satélite sino-brasileiro, equipado com quatro poderosas câmeras para gravar imagens do espaço, completa uma volta em torno da Terra a cada 90 minutos, ou seja, faz 14 voltas ao mundo por dia.
O equipamento, que pesa duas toneladas e tem vida útil de três anos, é capaz de gerar imagens de baixa resolução de toda a superfície em cinco dias, assim como imagens de média resolução em 26 dias e de alta resolução em 52 dias.
"Suas imagens, que são distribuídas gratuitamente para milhares de usuários, têm diversas aplicações nas áreas da vigilância ambiental, agrícola e de planejamento urbano", segundo um comunicado do INPE.
O novo satélite foi colocado em órbita como parte do programa de cooperação tecnológica entre Brasil e China um ano depois do fracasso do lançamento do CBERS-3, que caiu na Terra ao não conseguir alcançar a órbita prevista.
O lançamento do CBERS-4 estava previsto para dezembro de 2015, mas a operação foi antecipada em um ano devido à falha no foguete chinês que provocou a perda do CBERS-3 em dezembro de 2013.
Este novo aparelho, como o anterior, é projetado para fotografar, rastrear e registrar atividades agrícolas, desmatamento das florestas, mudanças na vegetação, recursos hídricos e expansão urbana com uma resolução muito superior a dos satélites anteriores.
Com o CBERS, um projeto de cooperação especial com duas décadas de história, Brasil e China desenvolveram e lançaram três satélites (CBERS-1, CBERS-2 e CBERS-2B), e pretendiam lançar o CBERS-3 para substituir o CBERS-2, colocado em órbita em outubro de 2003 e que deixou de funcionar em 2010.
Ambos os países estabeleceram um acordo para lançar daqui a exatos três anos um sexto satélite, o CBERS-4B.
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