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Vaticano

Dilma visita o papa e menciona “a mão de Deus”

Dilma sorri ao encontrar o papa Francisco, no Vaticano | L’Osservatore Romano/Reuters
Dilma sorri ao encontrar o papa Francisco, no Vaticano (Foto: L’Osservatore Romano/Reuters)

Futebol foi o tema do encontro de 40 minutos entre a presidente Dilma Rousseff e o papa Francisco. Ela levou ao pontífice um convite para a Copa no Brasil, além de presentes assinados por Pelé e Ronaldo, e fez brincadeiras sobre a rivalidade entre Brasil e Argentina, terra natal do chefe da Igreja Católica.

Sobrou até para a "mão de Deus" – uma referência à frase do ícone do futebol argentino, Diego Maradona, na qual ele sugere que seu gol de mão na Copa de 1986 tratava-se, na verdade, de intervenção divina. "A única coisa que pedi é que a neutralidade fosse mantida e assim a mão de Deus não empurrasse bola de ninguém", disse a presidente, aos jornalistas, após o encontro.

Dilma levou de presente uma camisa da seleção brasileira autografada por Pelé, uma bola da Copa do Mundo assinada por Ronaldo, e um livro sobre a história dos jesuítas no Brasil.

A presidente disse que convidou o papa a estar presente no evento, embora acredita que ele não vai comparecer. Pediu ainda que ele abrace a ideia da bandeira da Copa contra a discriminação.

Dilma foi recebida pelo papa em uma sala adjacente à sala Paulo VI. Em julho do ano passado, a presidente e o sumo pontífice tiveram vários encontros, durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio.

No mês passado, logo após ser nomeado cardeal, Dom Orani foi recebido pela presidente e a convidou para o Consistório. No fim do encontro, no Palácio do Planalto, ele disse que os dois conversaram sobre programas sociais desenvolvidos em parceria pelo governo e a Igreja Católica.

Cardeal

O papa Francisco vai oficializar hoje a nomeação do décimo cardeal brasileiro, o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, de 63 anos.

Além dele, outros 18 cardeais receberão o título, no chamado Consistório, apontado como a mais importante cerimônia realizada no Vaticano desde que Francisco se tornou papa, há um ano, para substituir Bento XVI.

O evento tem também um contexto político pois sinaliza quem começa a ter prestígio e poder na era de Francisco. Esses são os primeiros cardeais nomeados por ele.

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