As chances de o ex-premiê britânico Tony Blair se tornar presidente da União Europeia reduziram-se nesta quinta-feira, depois que ele não conseguiu obter o apoio dos socialistas, aliados de seu partido, o Trabalhista.
Embora o premiê britânico, Gordon Brown, tenha feito um pedido aos socialistas para apoiarem Blair em um encontro antes da cúpula da UE, alguns líderes se distanciaram da candidatura dele e o partido criou uma equipe de três pessoas para decidir sua posição.
Blair enfrenta oposição por seu apoio à guerra no Iraque e ao ex-presidente norte-americano George W. Bush, mas também porque a Grã-Bretanha não está entre os 16 países que usam o euro como moeda e é vista como eurocética.
"Minha opinião pessoal é de que o candidato ... deveria ter um relacionamentrelacionamentoe especialmente bom com o (presidente Barack) Obama e não um bom relacionamento com Bush", disse o premiê da Áustria, Werner Fayman.
Fayman é um dos três líderes que decidirão a posição dos socialistas europeus. Suas opiniões foram repetidas por Jean Asselborn, vice-premiê de Luxemburgo.
"Não acho que a candidatura de Tony Blair seja boa, pelo que ele representa. Ele está ligado a Bush e à guerra no Iraque", disse ele.
"Os melhores candidatos são aqueles que não foram apresentados como candidatos", acrescentou.
Essas declarações não ajudam nas chances de Blair de se tornar o primeiro presidente com um mandato do bloco europeu de 27 países.
O cargo está sendo criado sob um tratado que ainda precisa entrar em vigor, e não se sabe muito sobre ele.
Além de Blair, outros candidatos incluem o ex-premiê finlandês Paavo Lipponen, o ex-premiê belga Guy Verhofstadt e o premiê holandês Jan Peter Balkenende.