A imprensa dinamarquesa vem tentando entender quem era o misterioso Omar Abdel Hamid al-Hussein, 22 anos, o único suspeito de cometer dois ataques terroristas em Copenhague no sábado, morto pela polícia após perseguição.

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Até agora, as autoridades confirmam muito pouco sobre ele. Até seu nome só é confirmado extraoficialmente e dois homens foram presos por ajudá-lo.

Todas as declarações oficiais são de que não há elementos de que Hussein tivesse ligação com grupos terroristas. Na imprensa, porém, os fragmentos de identidade que surgem montam um mosaico mais complexo.

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O jornal Ekstra Bladet informa que, às 15h01 de sábado, Hussein compartilhou no Facebook um vídeo onde lia trechos do Alcorão sobre Alá causar terror aos infiéis.

Às 15h24, ele compartilhou no Facebook uma mensagem jurando lealdade a Abu Bakr, que pode significar tanto uma figura histórica, braço direito do profeta Maomé, quanto o líder do grupo Estado Islâmico.

A polícia recebeu o primeiro chamado sobre o ataque ao café Krudttønden às 15h33, meia hora depois do primeiro vídeo e nove minutos após o segundo.

Suas opiniões extremas não eram estranhas a quem o conhecia. Ex-colegas de Hussein na escola afirmaram ao jornal Ekstra Bladet que o jovem costumava fazer declarações antissemitas. Até a gangue Brothas, na qual ele fez a carreira que o levou a ser preso, divulgou comunicado rejeitando ligação com os ataques.

Em novembro de 2013, Hussein foi preso após um ataque a facadas no metrô - esfaqueou por diversas vezes um rapaz de 19 anos.

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Em dezembro do ano passado, o jovem foi condenado a dois anos de prisão por agressão com agravantes. Foi libertado em janeiro deste ano, duas semanas após os ataques de Copenhague.

Durante os meses na cadeia, segundo prisioneiros disseram ao jornal Berlingske, Omar se mostrava cada vez mais radical e dizia ter vontade de se unir ao Estado Islâmico na Síria.