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Dinamarca e Croácia não são forças tradicionais do futebol mundial. Ambas estão em sua quinta participação em Copas. E, às vezes, resolvem incomodar. Na sua primeira participação, em 1998, a Croácia chegou em terceiro lugar, sendo o carrasco da Alemanha e da Holanda. Na Copa da França, a Dinamarca também teve o seu melhor desempenho: chegou às quartas de final, perdendo de virada para o Brasil. Mas, a Croácia tem algo a aprender da Dinamarca: como ser um dos países mais democráticos do mundo. 

Dinamarca: top 5 da democracia vê avanço das leis anti-imigração 

Entre os países classificados para as oitavas de final da Copa, a Dinamarca é o segundo mais democrático, perdendo apenas para a Suécia. No Índice de Democracia, que é divulgado anualmente pela Economist Intelligence Unit (EIU), está entre os top five. O país escandinavo é um dos líderes mundiais em respeito às liberdades civis e quanto ao processo eleitoral e processo político. “É uma democracia robusta, com eleições regulares e justas”, aponta a Freedom House, uma entidade internacional que defende direitos humanos e promove a democracia. 

Segundo a EIU, ela está no seleto grupo de 10 países em que a imprensa é totalmente livre. “O governo protege a liberdade de expressão e de associação”, complementa a Freedom House. Outro destaque é o seu poder judiciário, que funciona de forma totalmente independente. 

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Mas nem tudo é um mar de rosas neste país reconhecido pela democracia e pela qualidade de suas instituições. Segundo a Freedom House, o país tem lutado para assegurar todas as liberdades para os imigrantes e àqueles que chegam ao país. 

Leis anti-imigração vêm ganhando força. E não encontram eco só nos partidos mais radicais, como o Partido do Povo Dinamarquês (extrema-direita). Também são apoiadas forças políticas mais moderadas, como é o caso do Partido Liberal (centro-direita) e o Social Democrata (centro-esquerda). Uma das mais recentes é a que proíbe o uso de burcas no país. A justificativa é que a vestimenta muçulmana dificulta a integração com o país. 

Croácia: deficiências no tratamento às minorias étnicas

A qualidade da democracia na Croácia vem perdendo força nos últimos anos. Dados do Índice da Democracia, realizado pela Economist Intelligence Unit, mostram que, entre 2012 e 2017, caiu oito posições no ranking, passando de 50° para 58°, motivada pela retração na cultura política e nas liberdades civis. É considerada uma democracia imperfeita pela consultoria. A imprensa ainda é parcialmente livre, mas a EIU considera que “o ambiente para ela é problemático no Leste Europeu”. 

A Freedom House destaca que o país é uma república parlamentar que realiza, com frequência, eleições livres. Em geral, os direitos civis e políticos são respeitados. 

Mas o país enfrenta uma série de desafios. Um dos principais é enfrentar os frequentes casos de corrupção no setor público. Outro, é melhorar a situação das minorias étnicas. Segundo a Freedom House, os direitos delas melhoraram nos últimos anos, mas as minorias ciganas ainda enfrentam discriminação. As tensões também são comuns entre a maioria croata e a minoria sérvia, uma herança da guerra entre os dos países entre 1991 e 1995. 4,4% dos 4,3 milhões de habitantes da Croácia são de origem sérvia.

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