A diocese argentina de São Isidro, no norte de Buenos Aires, pedirá neste domingo perdão de forma pública pelo caso de pedofilia que envolveu um sacerdote dessa diocese e quatro menores, crime pelo qual o padre foi condenado a 14 anos de prisão.
"A comunidade diocesana de São Isidro, e de um modo especial o Bispo e seu presbitério, pedem publicamente perdão aos jovens que foram afetados pela conduta de um sacerdote de nossa diocese, o padre José Mercau", disse em comunicado o bispo de São Isidro, Oscar Ojea.
O comunicado, intitulado "Assumir, pedir perdão e desejo de reparar", será lido este domingo nas missas realizadas na diocese de São Isidro, na periferia da capital.
Mercau, preso há sete anos e condenado a 14 de prisão, abusou de quatro menores quando era pároco de São João Batista, na cidade de Ricardo Rojas, na província de Buenos Aires, vinculada a diocese de São Isidro.
Ojea disse em sua mensagem que "as sequelas que o abuso sexual deixa no futuro das crianças e dos jovens não podem ser medidos. A vida afetiva e os vínculos são machucados profundamente pela violação da intimidade", lamentou.
O bispo afirmou que "a conduta do que abusa também fere a todo o Corpo de Cristo e quebra a confiança na comunidade".
"Este mal nos faz experimentar a dor viva como membros da Igreja. Dizemos com clareza que estes atos estão abertamente em contradição com a Palavra de Deus e com a tarefa evangelizadora que dia a dia comunidades e pastores levam adiante", ressaltou Ojea.
O bispo disse que a diocese quer ajudar as vítimas "a curar as feridas e construir um futuro".
Mercau, que era responsável por um lar que abrigava a meninos de rua, foi denunciado por pedofilia em 2005 e se reconheceu culpado no julgamento.
Atualmente o sacerdote, preso em uma penitenciária em Buenos Aires, também sofre um processo canônico no Vaticano.