"Aproximadamente quatro" dos 72 corpos encontrados na terça-feira (24) num rancho do estado mexicano de Tamaulipas são de brasileiros, confirmou ao site G1 o vice-cônsul do Brasil na Cidade do México, João Batista Zaidan.
Em entrevista na tarde desta quarta (25), por telefone, Zaidan alegou que o consulado foi informado da presença de brasileiros entre os mortos, mas disse que nem eles têm ainda detalhes sobre o número total e a identidade deles. "O cônsul ainda está sendo informado oficialmente e deve ter mais detalhes em breve", disse.
Segundo ele, havia pessoas de várias nacionalidades entre os mortos, que a Procuradoria Geral do México (PGR) havia divulgado serem imigrantes clandestinos, a maioria da América Central. "É muito feio o que houve lá. Aquela região está ficando muito violenta", disse Zaidan, que disse que deve viajar em breve para a área em que os corpos foram encontrados.
Em entrevista ao jornal mexicano "El Universal", uma testemunha afirmou que a maior parte dos corpos encontrados é de brasileiros e equatorianos que rejeitaram oferta de trabalhar como assassinos e que foram mortos por isso. A testemunha, um equatoriano que não quis se identificar, alega que escapou do ataque com ferimentos.
A informação foi passada ao jornal por um funcionário do governo mexicano, e não foi confirmada oficialmente pela polícia. A testemunha diz que o grupo de migrantes tentavam ir aos Estados Unidos quando foram interceptados no rancho que supostamente pertence a uma quadrilha chamada de Los Zetas.
O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, classificou o episódio como "um feito terrivelmente trágico". Os detalhes das mortes ainda estão sendo investigados pelos Estados Unidos, que devem divulgar um novo comunicado ainda nesta quarta.
Militares mexicanos encontraram os 72 cadáveres, entre os quais os de 14 mulheres, em um rancho em Tamaulipas, estado mexicano que é um dos maiores alvos da onda de violência ligada ao narcotráfico no país.
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