Prisioneira
Iraque nega que presa no Líbano seja esposa de líder do EI
O porta-voz do Ministério do Interior do Iraque, Saad Maan, negou ontem que uma mulher presa há dez dias no Líbano seja esposa de Abu Bakr al-Baghdadi, líder do grupo Estado Islâmico.
Segundo Maan, ela foi identificada como Saja al-Dulaimi e seria irmã de um suspeito de terrorismo detido no Iraque. Ele também acrescentou que Al-Baghdadi tem duas esposas, mas nenhuma delas se chama Saja.
Al-Dulaimi foi detida no norte do Líbano viajando com uma criança e portando um documento de identidade falso. Autoridades libanesas disseram acreditar que a mulher é a esposa de Al-Baghdadi. No início deste ano, ela foi detida por autoridades sírias e libertada em uma troca de prisioneiros com a Frente Nusra, ramo Al-Qaida na Síria.
Se a mulher for de fato a mulher de Al-Baghdadi, ela poderia servir como moeda de troca com militantes baseados na Síria que mantém presos cerca de 20 representantes das forças de segurança do Líbano, capturados em um ataque na fronteira entre os países em agosto.
1 mil é quantidade de ataques aéreos lançados pelos EUA e seus aliados contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria desde 8 de agosto, após o controle de Mosul pelos militantes.
A luta global contra os militantes do Estado Islâmico (EI) deve exigir anos até que o grupo seja derrotado, mas os países estão preparados para se engajarem "pelo tempo que for necessário" para vencer a sangrenta insurgência, afirmou ontem o secretário de Estado norte-americano John Kerry.
Quase um ano depois de o EI ter tomado importantes cidades no oeste do Iraque, diplomatas de mais de 60 países e organizações internacionais se reuniram em Bruxelas para traçar um caminho contra o grupo que, desde então, se tornou uma das maiores ameaças terroristas do mundo.
A insurgência sunita, que agora se estende pela maior parte do norte do Iraque e da Síria, tem atraído milhares de combatentes estrangeiros de todo o planeta, incluindo da Europa.
"Nós reconhecemos o trabalho duro que ainda tem de ser feito", disse Kerry durante a reunião, realizada na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que organizou o maior encontro de ministros de Relações Exteriores feito até agora para discutir a questão do EI. "Nosso compromisso será medido, muito provavelmente, em anos, mas nossos esforços já apresentam impacto significativo."
Kerry também se reuniu privadamente com o primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi, que pediu "muito apoio para conseguir esmagar o Daesh", o acrônimo em árabe para Estado Islâmico.
Desde 8 de agosto, quase dois meses depois de os militantes terem tomado o controle de Mosul, a segunda maior cidade do Iraque, Estados Unidos e seus aliados lançaram mais de 1 mil ataques aéreos contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria. Kerry disse que os ataques prejudicaram bastante a insurgência.
"Temos de construir uma parceria muito forte", disse a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini. "O desafio que estamos enfrentando não é apenas um desafio para o Oriente Médio, mas um desafio para todo o mundo."
Na terça-feira, o Pentágono disse que o Irã lançou ataques aéreos contra as forças do Estado Islâmico no leste do Iraque. Os EUA não convidaram o Irã para se unir à coalizão que combate os militantes e o Irã disse que não participaria do grupo de qualquer forma.
Mas al-Abadi disse ontem aos jornalistas que "não estou ciente a respeito de ataques aéreos iranianos". "Se participamos desse ataque? Isso é novidade para mim", declarou o premiê, quando perguntado se o Irã participou da coordenação ou se notificou autoridades em Bagdá antes de lançar ataques aéreos contra militantes no Iraque. Ele repetiu duas vezes que não sabia de ataques aéreos iranianos no Iraque.
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