Nesta terça-feira (15), 22 diplomatas russos partiram da capital da Moldávia, Chisinau, rumo ao seu país natal, em um momento de deterioração das relações entre a Rússia e a Moldávia. A saída dos diplomatas ocorreu após o governo moldavo ter ordenado, em julho, que a Rússia reduzisse significativamente sua delegação no país.
Segundo funcionários moldavos, essa redução na equipe da embaixada russa, de 80 para somente 25 membros, foi implementada para alcançar uma paridade em relação à equipe da embaixada moldava em Moscou.
A Moldávia, uma ex-república soviética, tem enfrentado consequências da guerra travada pela Rússia contra sua vizinha Ucrânia. A presidente do país, Maia Sandu, que é pró-União Europeia, critica diariamente a intervenção russa na Ucrânia e acusou Moscou de também buscar desestabilizar a Moldávia.
Vídeos divulgados pela imprensa moldava mostraram dois ônibus deixando a embaixada russa sob escolta policial, dirigindo-se em direção ao aeroporto. Uma fonte do aeroporto de Chisinau confirmou à agência Reuters que os funcionários da embaixada partiram em direção a Sóchi, na Rússia, de onde seguiriam para Moscou.
Além dos diplomatas, 23 funcionários russos de apoio técnico e seus familiares também foram instados a deixar o país.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Moldávia, a partir desta terça-feira, somente dez diplomatas russos e 15 funcionários de apoio serão permitidos em Chisinau.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia emitiu um comunicado na noite desta segunda-feira (14), expressando que o gesto hostil por parte das autoridades moldavas terá “impactos nas relações entre os dois países”.
A tensão entre a Moldávia e a Rússia tem se intensificado, com os moldavos se afastando de Moscou desde a ascensão de Maia Sandu ao poder em 2020.
Em fevereiro deste ano, a presidente acusou a Rússia de estar envolvida em um suposto plano para derrubar seu governo.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas