• Carregando...

Jerusalém - O governo israelense ordenou ontem a expulsão de diplomatas venezuelanos do país. O motivo alegado é a decisão do governo de Hugo Chávez de romper relações com Israel, por causa da ofensiva militar na Faixa de Gaza. O governo venezuelano disse estar orgulhoso com a expulsão, chamou os líderes israelenses de "criminosos" e negou acusações de antissemitismo contra judeus da Venezuela.

A Venezuela expulsou no dia 14 o embaixador israelense de Caracas por causa da ofensiva militar israelense em Gaza. Na época, a Bolívia também expulsou o embaixador de Israel em La Paz pela mesma razão. Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel, Yossi Levy, disse que funcionários divulgaram a ordem de expulsão na terça-feira. Os diplomatas venezuelanos devem deixar o país até amanhã.

As relações entre os países já são tensas pela crescente proximidade entre Chávez e o Irã, um inimigo israelense.

Na terça-feira, o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, negou que seu país mantenha qualquer relação com o grupo militante palestino Hamas ou com o grupo militante xiita libanês Hezbollah. Maduro disse que a Venezuela tem uma "relação transparente" com o mundo muçulmano.

O ministro respondia a um artigo publicado no jornal israelense Haaretz, segundo o qual o governo Chávez concede auxílio a esses grupos. Maduro também negou que a administração venezuelana seja antissemita.

Maduro respondia também a acusações feitas por um líder judeu venezuelano, Abraham Levy. "Todas as comunidades muçulmanas, judaicas e cristãs sabem que a discriminação religiosa não é um problema na nossa sociedade (na Venezuela)", disse Maduro, que reclamou que cada vez que um país faz qualquer crítica ao governo de Israel, "é automaticamente incluído na lista de antissemitas".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]