O partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que emergiu como a segunda força política do país nas eleições para o Parlamento Europeu deste domingo (10), pediu nesta segunda-feira (10) ao chanceler Olaf Scholz que seguisse o exemplo do presidente francês, Emmanuel Macron, e convocasse eleições antecipadas.
“Na realidade, Scholz deveria seguir o exemplo, o excelente exemplo de Emmanuel Macron, e preparar o caminho para novas eleições”, disse Alice Weidel, co-líder da legenda, em uma coletiva de imprensa em Berlim.
“É isso que exigimos aqui: que seja apresentada uma moção de confiança no Bundestag (Câmara baixa do Parlamento) e que se abra caminho para novas eleições”, enfatizou.
A co-líder comemorou os resultados deste domingo e que os eleitores, segundo ela, não tenham se deixado enganar pelas "campanhas difamatórias" lançadas contra o partido e foram convencidos pelas respostas da AfD às "questões decisivas" sobre segurança, imigração e economia.
“As pessoas estão fartas. 80% delas estão insatisfeitas com o trabalho do governo”, afirmou.
Weidel também se mostrou confiante de que, após as eleições regionais no leste do país, marcadas para setembro, a AfD poderá entrar pela primeira vez em um governo regional.
Neste sentido, o outro líder da legenda, Tino Chrupalla, não excluiu uma possível cooperação com o partido populista de esquerda Aliança Sahra Wagenknecht (BSW), que também obteve bons resultados no leste.
Ambas as formações são “partidos da paz” que cresceram porque a população se opõe à escalada da guerra na Ucrânia e, pelo contrário, exige “negociações e diplomacia”, disse Chrupalla.
A cúpula do partido indicou, por outro lado, que respeita a decisão dos eurodeputados recém-eleitos de excluir o cabeça de lista, Maximilian Krah, da delegação em Bruxelas, e que irá agora esforçar-se para encontrar um equilíbrio dentro do partido.
Chrupalla reconheceu que foram cometidos “erros” durante a campanha, enquanto Weidel declarou que o partido “fez o seu trabalho de casa” e está pronto para iniciar negociações com o francês Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, para que a AfD volte ao grupo parlamentar de direita Identidade e Democracia (ID).
A AfD conquistou neste domingo seis assentos a mais do que os nove que já tinha e se tornou a segunda força na Alemanha, com 15,9% dos votos, atrás apenas dos democratas-cristãos e superando o social-democrata do chanceler Olaf Scholz. (Com Agência EFE)
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