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A primeira-ministra Giorgia Meloni considerou as vitórias da direita nas eleições municipais como um sinal de aprovação do seu governo
A primeira-ministra Giorgia Meloni considerou as vitórias da direita nas eleições municipais como um sinal de aprovação do seu governo| Foto: EFE/EPA/FABRIZIO ZANI

A direita foi a grande vencedora do segundo turno das eleições municipais na Itália nesta segunda-feira (29), levando a melhor em seis capitais de província e conquistando redutos da esquerda, como Ancona, capital da região de Marcas, onde os progressistas governam há mais de três décadas.

Entre domingo (28) e segunda-feira, a Itália realizou uma eleição em que os habitantes de 41 municípios foram às urnas em segundo turno, depois que nenhum dos candidatos conseguiu uma maioria de mais de 50% no primeiro turno, realizado em 14 e 15 de maio.

As principais disputas ocorreram em sete capitais provinciais: Vicenza, Massa, Pisa, Siena, Terni, Ancona e Brindisi, além de cerca de cem municípios na Sicília e na Sardenha.

Com a apuração concluída, os candidatos apoiados pela coalizão conservadora formada pelos partidos Irmãos de Itália, Liga e Força Itália venceram a maioria dessas disputas: Massa, Pisa, Siena, Brindisi e Ancona, enquanto em Terni venceu uma lista cívica independente, mas próxima da direita.

Os resultados foram, portanto, interpretados nacionalmente pela primeira-ministra, Giorgia Meloni, como um endosso ao seu governo, apenas nove meses depois de sua vitória nas eleições gerais.

“Quero agradecer a todos os cidadãos que escolheram confiar na centro-direita, premiando nosso bom governo, nossas propostas e nossa concretude”, comemorou Meloni em um vídeo publicado nas redes sociais.

De todas as vitórias, a mais simbólica é a de Ancona, administrada pela esquerda por mais de três décadas e que o novo Partido Democrático (PD), liderado por Elly Schlein, pretendia manter.

A nova líder da social-democracia na Itália não só perdeu essa importante cadeira, como também não conseguiu reconquistar as cidades toscanas de Pisa e Siena, onde os resultados do primeiro turno foram muito próximos, e só venceu, com uma margem de 1%, em Vicenza, onde seu partido concorreu em uma lista junto com as legendas de centro do Italia Viva e Azione.

No primeiro turno, os progressistas só conseguiram manter Brescia e Treamo entre os maiores municípios.

“É uma derrota clara. Essas são eleições locais, mas mostram que o vento ainda está soprando fortemente a favor da direita”, admitiu a líder da oposição italiana na sede nacional do partido, em Roma.

No primeiro turno, a direita venceu em Treviso, Imperia e Sondrio (norte) e Latina (centro), confirmando o bom desempenho eleitoral da coalizão conservadora.

Além disso, também foram realizadas eleições em 39 municípios da Sicília, quatro dos quais são capitais de província: Catania, Trapani, Ragusa e Siracusa, e 128 outras localidades na Sardenha.

De acordo com as pesquisas de boca de urna, a direita teria arrasado em Catania, segunda cidade mais populosa da Sicília, com mais de 60% dos votos, tornando desnecessário um segundo turno.

O resultado nessa cidade foi especialmente simbólico porque os três líderes conservadores - Meloni (Irmãos da Itália), Matteo Salvini (Liga) e Antonio Tajani (Forza Italia) - viajaram para lá para promover seu candidato, Enrico Trantino, que enfrentou Maurizio Caserta, apoiado pelo PD e pelo Movimento 5 Estrelas (M5S), em uma nova tentativa de aliança entre os dois partidos de oposição.

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