
A direita consagrou-se vencedora no primeiro turno das eleições departamentais da França deste domingo (22), desferindo um duro golpe no Partido Socialista (PS), do presidente François Hollande.
Até as 20h (horário de Brasília), 29,3% dos votos foram para a coalizão formada por UDI (centro) e UMP (direita), sigla do ex-presidente Nicolas Sarkozy. A ultradireitista Frente Nacional, de Marine Le Pen, conquistou 25,7%. O PS, apenas 21,3%.
CONSELHOS
Esse pleito elege os representantes dos 101 conselhos dos departamentos da França, responsáveis pelas decisões sobre proteção à infância, aos idosos e aos deficientes físicos, além da manutenção de bibliotecas, museus e escolas locais.
O resultado pode ser o prenúncio de uma alternância do partido no poder nas eleições presidenciais de 2017. O segundo turno ocorrerá no próximo domingo, dia 29.
Logo após a divulgação dos primeiros resultados, o premiê Manuel Valls (PS) comemorou o fato de a extrema direita não ter alcançado o primeiro lugar, como algumas pesquisas de opinião indicavam, e pediu união contra Le Pen no domingo.
Já Sarkozy disse que o resultado mostra o descontentamento dos franceses com o atual governo. Ele garantiu que não fará alianças com a FN no segundo turno.
Os números também satisfizeram Marine Le Pen. Sorrindo, ela disse em pronunciamento que Valls deveria ouvir as urnas e ter “a decência” de renunciar ao cargo.
A participação dos franceses surpreendeu: segundo o Ministério do Interior, 51,47% dos eleitores votaram, um número considerado alto no país. O voto é facultativo.
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