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Tensão

Diretor da AIEA adverte para erro em eventual ataque ao Irã

Viena – O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, condenou ontem a radicalização do discurso em torno de um eventual ataque militar contra o Irã, advertiu para a possibilidade de se estar repetindo a situação que precipitou a invasão do Iraque e defendeu que a guerra deveria ser somente um último recurso.

"Eu não falaria em nenhuma espécie de uso da força", declarou ElBaradei em Viena, num comentário indireto às declarações do ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, segundo o qual o mundo deveria se preparar para uma guerra caso o Irã obtenha armas nucleares.

Salientando que somente o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) dispõe de autoridade para permitir o uso da força, ElBaradei pediu ao mundo que se lembre de como aconteceu a invasão do Iraque antes de considerar a possibilidade de um ataque ao Irã.

"Existem regras sobre como usar a força e espero que todos tenham aprendido a lição com a situação no Iraque, onde 70 mil civis inocentes perderam a vida porque se suspeitava que o país tivesse armas nucleares", declarou.

As palavras de ElBaradei são uma menção ao principal argumento defendido pelo governo dos Estados Unidos para justificar a invasão do Iraque: o de que o regime de Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa, inclusive nucleares. Mais de quatro anos depois da invasão, tais arsenais nunca foram encontrados.

Às margens de uma reunião da AIEA em Viena, ElBaradei pediu às partes que evitem o confronto.

Os Estados Unidos e outras potências ocidentais acusam o Irã de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. O governo iraniano nega e assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica.

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