Washington (EFE) Diante de uma série de críticas que questionam os métodos de trabalho e interrogatórios da CIA, seu diretor, Porter Goss, garante que a agência de inteligência não tortura, mas sim usa "métodos originais e inovadores" para obter informação. Em entrevista publicada ontem pelo jornal norte-americana USA Today, Goss, que assumiu o cargo no ano passado como parte da reestruturação dos serviços secretos dos Estados Unidos, assegurou que, apesar das numerosas denúncias feitas ultimamente, a Agência Central de Inteligência (CIA), não tortura. "A agência não usa a tortura. Isso não funciona", declarou Goss na entrevista, realizada na sede da CIA em Langley, na Virginia.
"Usamos métodos legais para obter informação vital e o fazemos mediante uma série de métodos originais e inovadores, que são todos legais", afirmou o diretor da CIA. A entrevista foi publicada após a aprovação de uma emenda proposta no mês passado pelo congressista republicano John McCain ao Senado com 90 votos a favor e 9 contra que proíbe o tratamento " cruel, degradante ou desumano" de presos que estão sob responsabilidade do governo norte-americano. O Senado deve entrar em acordo com a Câmara dos Representantes (deputados) sobre a emenda, que a Casa Branca ameaça vetar. O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, pressiona o Congresso para que a emenda exclua a CIA. Os críticos da emenda de McCain alegam que, levada ao extremo, a medida impediria inclusive a pressão psicológica feita pelo agentes durante os interrogatórios. A cooperação com os aliados é considerada fundamental para as operações dos serviços secretos.
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