Waddah Khanfar, diretor-geral da emissora Al-Jazeera, se pronuncia no primeiro dia do terciero Fórum da Al Jazeera "Mídia e o Oriente Médio - Além das Manchetes", em Doha, em 2007. Khanfar anunciou nesta terça-feira que estava deixando a emissora, mas não deu motivos para sua saída em um momento em que a cobertura do canal desempenha um papel importante nos movimentos de protestos inéditos que varrem o mundo árabe| Foto: REUTERS/Fadi Al-Assaad

O chefe do canal de televisão árabe Al-Jazeera anunciou nesta terça-feira que estava deixando a emissora, mas não deu motivos para sua saída em um momento em que a cobertura do canal desempenha um papel importante nos movimentos de protestos inéditos que varrem o mundo árabe.

CARREGANDO :)

"Decidi seguir em frente", disse o diretor-geral da emissora, Waddah Khanfar, em uma nota de demissão enviada por e-mail aos funcionários da Al-Jazeera e publicada no Twitter.

"Já há algum tempo vinha discutindo com o presidente do canal meu desejo de pedir demissão. Ele gentilmente expressou compreensão e aceitou minha decisão."

Publicidade

Desde que foi lançada, em 1996, a Al Jazeera tornou-se a emissora de notícias por satélite mais rentável do Oriente Médio. Costuma ter dificuldades com os governos ocidentais e árabes em uma região onde os governos tradicionalmente mantêm controle cerrado sobre a mídia estatal.

A Al-Jazeera, de propriedade do governo do Catar, cobriu os levantes que derrubaram vários governantes na Tunísia, Egito e Líbia este ano, e a emissora se declara uma voz democrática na região.

Os críticos dizem que ela é mais tímida na cobertura de eventos mais próximos ao Golfo, e as câmeras de seu canal não estavam presentes durante protestos contra o governo no Bahrein, que foram reprimidos em meados de março.