Após o jornal americano Wall Street Journal publicar nesta semana que o ditador russo Vladimir Putin e o empresário Elon Musk mantêm conversas sobre negócios e geopolítica, o diretor da NASA, Bill Nelson, pediu a abertura de uma investigação sobre um possível vazamento de segredos espaciais que possam ter sido repassados pelo fundador da SpaceX e da Tesla.
"Eu não sei se essa história é verdadeira. Eu acho que deveria ser investigado", disse Nelson, em entrevista ao canal de televisão CNN. "Se a história é verdadeira, que houve várias conversas entre Elon Musk e o presidente da Rússia, então eu acho que seria preocupante, particularmente para a NASA, para o Departamento de Defesa e para algumas das agências de inteligência", reiterou.
A denúncia surge em meio à tensão entre os governos dos EUA e Rússia, à guerra na Ucrânia e ao crescimento da instabilidade no Oriente Médio entre Israel, aliado americano, e Palestina e Irã, mais alinhados ao governo russo.
Os assuntos discutidos entre Putin e Musk, segundo autoridades anônimas dos EUA, Rússia e Europa, envolvem "questões pessoais", negócios e geopolítica. Em particular, de acordo com o Wall Street Journal, o ditador russo teria pedido ao empresário americano que não ativasse a Starlink em Taiwan, sua empresa de serviços de internet via satélite, como um "favor" ao ditador chinês, Xi Jinping, aliado de Putin.
Na última sexta-feira (25), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou as informações do WSJ. “Não, isso não é verdade. Esta é uma informação absolutamente falsa", contestou. Segundo ele, Putin só falou uma vez com Musk e o contato ocorreu “antes de 2022”.
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