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O diretor-executivo da News International, Tom Mockridge, anunciou que deixará o cargo até o fim do mês. A empresa é responsável pelo tabloide "The Sun" e o extinto "The News of the World", envolvidos em grampos telefônicos ilegais.

A decisão foi anunciada pelo dono do conglomerado, Rupert Murdoch. Ele disse que a saída foi uma decisão pessoal de Mockridge. "Lamento que nos abandone, mas tenho certeza que ele terá muito sucesso em qualquer lugar que vá", disse o magnata.O atual diretor assumiu em julho de 2011 e substituiu Rebekah Brooks, diretamente envolvida no escândalo dos grampos telefônicos a famílias de vítimas da violência, políticos, celebridades e a família real britânica.

Brooks e o ex-diretor do "News of the World", Andy Coulson, respondem a processo por propina e violação do sigilo telefônico. Coulson era um dos principais integrantes da equipe de comunicação do primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Relatório

Devido ao escândalo, Cameron pediu uma investigação ao juiz Brian Leveson, cujo informe foi revelado na última quinta. Nele, o magistrado pede uma nova forma de autorregulação da mídia, mais rigorosa e prevista em lei.

Com mais de 2.000 páginas, o relatório inclui evidências de interferências da mídia e escutas ilegais de políticos, outros jornalistas e vítimas do abuso da imprensa.

Para ele, a imprensa "fez estragos na vida de pessoas inocentes por muitas décadas" e acredita que as medidas vão proteger os direitos das vítimas de abusos. O juiz também criticou a relação dos meios de comunicação com os políticos, a qual chamou de "danosa".

Após avaliar o documento, Cameron considerou a proposta de Leveson ameaçadora à liberdade de imprensa. Nesse sentido, incentivou os meios de comunicação a apresentar uma proposta que ofereça garantias de eficácia e independência.

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