Dois dos principais diretores do Banco do Vaticano estão sob investigação por suspeita de lavagem de dinheiro e a polícia congelou 23 milhões de euros (30,21 milhões de dólares) de fundos do banco, disseram fontes judiciais da Itália na terça-feira.
As fontes afirmaram que o presidente Ettore Gotti Tedeschi e o diretor-geral Paolo Cipriani estavam sendo investigados pelos magistrados de Roma Nello Rossi e Stefano Fava, num caso envolvendo supostas violações das regras da União Europeia contra lavagem de dinheiro.
O Vaticano confirmou a ação dos magistrados de Roma num comunicado expressando "perplexidade e consternação" com a medida e "fé extrema" nos dois homens que dirigem o banco, conhecido oficialmente como Instituto para Obras Religiosas (IOR).
Gotti Tedeschi, de 65 anos, está na presidência do banco há um ano e é assessor próximo do ministro da Economia da Itália, Giulio Tremonti.
As fontes afirmaram que a polícia financeira italiana congelou preventivamente 23 milhões de euros dos fundos do IOR em uma conta num banco italiano de Roma.
Duas transferências recentes de uma conta do IOR no banco italiano foram consideradas suspeitas pela polícia financeira e bloqueadas.
Uma foi a transferência de 20 milhões de euros para um ramo alemão de um banco norte-americano e a outra foi o envio de 3 milhões de euros a um banco italiano.
Um comunicado do Secretariado de Estado do Vaticano afirmou que o banco não havia feito nada errado, porque estava transferido dinheiro próprio entre suas próprias contas.
Gotti Tedeschi, católico devoto que deu aulas sobre ética nas finanças na Universidade Católica de Milão, também dirige uma unidade italiana do banco espanhol Santander, de acordo com o seu site.
Ele também integra o conselho de diversos bancos italianos importantes.
O IOR basicamente gerencia fundos para o Vaticano e para instituições religiosas ao redor do mundo, como organizações de caridade e ordens religiosas de padres e freiras.
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