Um dirigente comunista chinês irá à Coreia do Norte, talvez já no sábado, no que parece ser uma manobra para pressionar Pyongyang a retomar as negociações multilaterais sobre o seu desarmamento nuclear, disse uma agência sul-coreana de notícias nesta sexta-feira.

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Separadamente, a Coreia do Norte anunciou a libertação de um ativista norte-americano preso desde dezembro, o que remove um obstáculo entre o país e os Estados Unidos.

China, Estados Unidos, Coreia do Sul, Rússia e Japão, que participam das negociações com a Coreia do Norte, tentam há meses convencer o recluso regime comunista local a voltar às negociações de desarmamento, que podem render vantagens econômicas e políticas ao país.

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Fontes diplomáticas em Pequim e Seul disseram à agência sul-coreana Yonhap que o diretor de assuntos internacionais do Partido Comunista chinês, Wang Jiarui, fará a visita no sábado ou na semana que vem.

No ano passado, Wang esteve com o líder norte-coreano Kim Jong-il e ouviu dele o compromisso de retomar o diálogo multilateral se as condições forem corretas.

O chanceler Yang Jiechi também sinalizou uma chance de progresso: "A tensão recentemente se atenuou e há agora uma nova oportunidade para restaurar as negociações a seis partes", disse ele em Munique, na Alemanha, onde participa de uma conferência de segurança.

"A questão nuclear coreana é complexa e delicada (...). Temos de encontrar uma solução pacífica para esta questão por meio do diálogo e da consulta."

A China é praticamente o único aliado da Coreia do Norte no mundo. A crise econômica no país se agravou no ano passado depois da adoção de novas sanções dos Estados Unidos e de uma fracassada reforma monetária.

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"Este será um ano muito difícil, um ano de crise para o Norte", disse Cho Min, do Instituto de Unificação Nacional da Coreia. "A visita (de Wang) pode se revelar a única forma de receber uma transfusão urgente."