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O presidente tunisiano, Moncef Marzouki, designou nesta quarta-feira oficialmente o secretário-geral do partido islâmico moderado Movimento Al-Nahda, Hamadi Jebali, como novo primeiro-ministro, em cerimônia no palácio presidencial de Cartago.

Jebali, que conta com o apoio da maioria parlamentar, deverá formar um novo Executivo que, segundo pessoas próximas ao partido, será composto por membros de sua legenda e de seus dois sócios na Assembleia Constituinte, o Conselho pela República (CPR) e o Atakatol.

O novo chefe do executivo, Hamadi Jebali, de 62 anos, é o número dois da Al-Nahda, formado em engenharia e uma figura histórica do islã político tunisiano.

De acordo com a Constituição transitória aprovada pela Assembleia no último dia 11, o nome oficial do cargo é presidente do Conselho de Ministros.

Uma fonte da Al-Nahda, que conta com 89 das 217 cadeiras na Assembleia, afirmou à Agência Efe que o partido islâmico dirigirá os ministérios do Interior, Relações Exteriores e Justiça no próximo governo.

Segundo a fonte, o novo Executivo contará com 26 pastas, 11 das quais irão para o Congresso Pela República (CPR), que conta com 29 parlamentares, e o Atakatol, que conquistou 20 legisladores nas eleições de 23 de outubro.

A lista definitiva deve ser anunciada por Jabali na quinta-feira, uma vez que ela já foi designado oficialmente.

A fonte consultada consultada pela Efe afirmou que o Ministério do Interior será dirigido por Ali Laaridi e o de Justiça pelo advogado Nureddín el Behyri, fundadores históricos e membros do comitê político da Al-Nahda.

Além disso, o Ministério de Relações Exteriores deve ficar sob responsabilidade de um jovem diretor do canal de televisão Al Jazeera, Rafik Ben Abdelsalem, genro do líder máximo da Al-Nahda, Rachid Gannuchi.

O Ministério da Defesa Nacional é o único que não mudará de titular. Continuará nas mãos de um militar, o atual ministro, Abdelkrim Zbidi.

Será criado um novo Ministério, desligado do de Justiça e denominado Ministério de Direitos Humanos e de Mártires e Feridos da Revolução, dirigido pelo advogado Samir Dilu, que assumirá ao mesmo tempo o cargo de Porta-voz do governo.

Mais uma novidade é o Ministério de Emigração, que segundo a fonte será dirigido por Houssin Jaziri, atualmente residente na França.

Outras personalidades históricas da Al-Nahda dirigirão os ministérios da Saúde, Abdellatif el Mekki; Ensino Superior, Moncef ben Salem e Agricultura, Med ben Salem.

O Ministério do Turismo e Comércio, também se desdobrará em dois, Turismo será administrado por um integrante do Atakatol, enquanto Comércio ainda não tem titular definido.

O Atakatol, o parceiro mais fraco da coalizão, contará além disso com as pastas de Transporte, que estará nas mãos de Adel Dalil, Assuntos Sociais, que com Khalil Zaouia, Finanças, administrada por Adel Hajj Chuija, e da Mulher, com Sihem Badi.

Já o Ministério de Assuntos Religiosos será dirigido por uma personalidade independente, Nuredín Jademi.

O segundo partido em número de deputados dentro da Assembleia Constituinte, o CPR se encarregará do Ministério da Reforma Administrativa, com o advogado Mohammed Abbou como ministro, e do de Juventude e Esportes, com Iqbel Saddani.

Além disso, o agrupamento controlará o estratégico Ministério de Indústria e Energia.

Outra importante novidade é a designação do histórico fundador do islã político tunisiano e antigo dirigente da Al-Nahda, o advogado Abdelfatah Moro, como ministro Conselheiro Especial do Primeiro-ministro.

Estes três partidos selaram uma aliança parlamentar no dia 21 de novembro e acordaram que a Presidência do Estado recairia no CPR, a liderança da Assembleia no Atakatol e a chefia do governo no Al-Nahda.

As atribuições destes três primeiros postos parlamentares, assim como a votação da nova Carta Magna e a convocação de eleições estão na constituição provisória de 26 artigos aprovada a madrugada de domingo e que abriu as portas à eleição do presidente e do chefe do governo.

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