O ônibus espacial Discovery entrou em órbita e modificou levemente a sua trajetória rumo à Estação Espacial Internacional, informou na terça-feira a Agência Espacial Americana. O acoplamento com a ISS deve acontecer na próxima quinta-feira e existe a possibilidade de a missão, que incluirá duas caminhadas espaciais, se prolongar por um dia para a realização de uma terceira atividade extra-veicular, segundo a Nasa.
A nave decolou na terça-feira para uma missão de 12 dias em meio a dúvidas sobre sua segurança e após dois adiamentos causados pelo mau tempo na região de Cabo Canaveral no fim de semana.
- A tripulação está realizando as últimas confirmações e se dispõe a abrir a comporta de carga - indicou o controle em Houston, onde o clima era de comemoração.
Na primeira missão espacial realizada no período de um ano pela Nasa (agência espacial americana), a nave, com sete tripulantes, decolou às 14h38 (15h38 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy sem o registro de problemas.
- A aventura começou. O lançamento aconteceu de acordo com as previsões - disse o controle da missão depois que o motor principal da nave foi desprendido.
Esta foi a primeira decolagem de uma nave da Nasa em 4 de julho, o Dia da Independência dos Estados Unidos.
O lançamento aconteceu apesar das dúvidas sobre sua segurança e dos dois adiamentos causados pelo mau tempo na região de Cabo Canaveral.
Minutos antes do lançamento, o comandante Steve Lindsey disse pelo rádio da nave que não podia pensar "em um lugar melhor para estar" em um dia como 4 de julho.
No momento do lançamento, o céu sobre a região estava limpo e as possibilidades de chuva ou tempestade eram praticamente nulas, segundo as previsões.
Após os adiamentos pelo mau tempo, os técnicos da Nasa detectaram em uma inspeção de rotina uma fissura de 13 centímetros de comprimento e 20 de profundidade entre as duas células onde são colocados o hidrogênio e o oxigênio.
A rachadura provocou a queda de um pedaço de espuma, segundo explicou o subdiretor do programa da nave espacial Discovery, John Shannon, acrescentando que o dano foi causado pela formação de gelo.
Além de levar toneladas de combustível e um novo tripulante para a ISS, o astronauta alemão Thomas Reiter, a missão STS-121 do ônibus espacial deve testar as remodelações feitas na nave, que custaram US$ 1,3 bilhão para a Nasa.
Essas modificações incluem um novo desenho do sistema de isolamento do tanque interno, a inspeção em vôo do sistema de proteção térmica e a capacidade de realizar uma missão de resgate caso seja necessário.